A defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin pediu para a Justiça de Nova York estender novamente o prazo de pagamento de parte da fiança de seu acordo de prisão domiciliar, após o governo dos Estados Unidos, que o acusa de envolvimento em escândalo de corrupção no futebol mundial, recusar carta de crédito de US$ 2 milhões.
Em carta ao juiz Raymond Dearie, o advogado do ex-cartola diz que o governo americano rejeitou a garantia por ser proveniente de instituição bancária brasileira, e não americana, mas que aceitou rever documentos -que precisam ser traduzidos. “Eu asseguro a corte de que estamos trabalhando com total boa fé para completar essa tarefa”, afirma a defesa, na carta assinada por Charles Stillman. “Ninguém pode duvidar disso”.
O acordo de Marin com a Corte de NY previu pagamento de US$ 1 milhão mais a carta de fiança como condição para que ele aguarde o julgamento em prisão domiciliar. “Tivemos uma colisão, mas eu respeitosamente insisto que tenhamos mais tempo”, pede o advogado, notando que a acusação não concorda com o pleito.
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Em prisão domiciliar desde 3 de novembro, quando foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, o dirigente usa uma tornozeleira eletrônica. Suas saídas precisam ser previamente autorizadas pela Justiça. Segundo sua defesa, ele pode sair de casa para emergências, para ir ao médico, à igreja, ao escritório dos advogados e duas vezes por semana ao supermercado.
O ex-presidente da CBF é investigado pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção que envolve subornos e propinas entre dirigentes da Fifa e executivos do setor na comercialização de jogos e direitos de marketing de campeonatos, como a Copa do Brasil – organizada pela CBF.
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