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Corrupção

José Hawilla confessa suborno a membros da Fifa e Conmebol desde 1991

Em cooperação com a Justiça norte-americana nas investigações sobre a corrupção no futebol, o empresário brasileiro de marketing esportivo, José Hawilla, dono da Traffic, declarou a um juiz nos Estados Unidos que realiza o pagamento de propinas desde 1991, mesmo sabendo que é algo errado. A revelação ocorreu durante audiência no dia 12 de dezembro de 2014, mas os documentos judiciais foram divulgados apenas na quarta-feira, 14.

Os relatórios mostram que Hawilla declarou ser culpado de quatro acusações – extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça – e confirmou o pagamento de subornos por contratos diretos relacionados à Copa América, Copa Ouro, Copa do Mundo no Brasil e por patrocínios da Seleção Brasileira.

O primeiro caso de propina relatado ocorreu em 1991, quando, segundo Hawilla, “um dirigente ligado à Fifa” exigiu suborno para a assinatura de um contrato da Copa América. “Apesar de eu não querer, eu aceitei pagar o suborno”, disse.

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O empresário não foi condenado, mas concordou com o confisco de US$ 151 milhões de seu patrimônio e a venda de sua participação na Traffic. A cooperação de Hawilla com a Justiça dos Estados Unidos teve início em março de 2014, porém veio ao conhecimento do público apenas em maio deste ano, com a eclosão do escândalo de corrupção da Fifa. Na época, as autoridades norte-americanas indiciaram nove dirigentes do futebol mundial – entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin – e cinco executivos de marketing esportivo.

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