Cronistas do cotidiano têm os mais distintos motivos para dar vazão a sua criatividade literária: política, futebol, economia, mazelas sociais, amores feitos, desfeitos, refeitos… Assunto é o que não falta. O jornalista rio-pardense Rogério Goulart, 62 anos, por exemplo, encontrou no telhado (ou na falta dele) “vento para as suas velas” e acaba de lançar o livro Crônicas & histórias de goteiras, à venda por R$ 39,90 na Casa do Fogo, em Rio Pardo, ou R$ 44,00 no site Clube de Autores, onde já é um dos mais vendidos.
“Este livro começou como uma brincadeira no meu Facebook e tornou-se realidade graças às solicitações das pessoas que me acompanham”, confessou Rogério, para o Mix. Entre essas pessoas está a arquiteta Vera Lúcia Schultze, também de Rio Pardo, que assina a arte da capa e os desenhos internos. “A criatividade do Rogério não tem limites nem medos. É livre. E é isso que me encanta na sua arte de escrever. Liberdade que agora é materializada neste livro, onde as goteiras são protagonistas.”
O escritor disse que a sua paixão por goteiras é um sentimento que carrega desde a infância. “Era divertido, agitava a calma do lar e provocava situações curiosas. Havia movimentação inesperada e isso poderia acontecer até mesmo no meio de uma noite. Depois vinha o ruído característico e simpático dos pingos.”
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Fundador do Jornal de Rio Pardo, onde por 30 anos manteve a coluna Opinião, a familiaridade com as letras também vem dos tempos de criança, desde sempre um leitor voraz e seletivo. E para quem a arte de escrever é quase um vício. “Não tenho a pretensão de ser escritor. Me interessa, sim, ser um contador de histórias.” E como contador de histórias, Rogério Goulart é um belo escritor.