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UM MARCO

Jornal do Ike: há 45 anos o número 1

Henrique Kuhn – Ike

Há exatos 45 anos neste sábado, os leitores da Gazeta do Sul, ao folhearem a edição do jornal, deparam-se com informações sociais reunidas pelo jornalista Luiz Henrique Kühn, o popular Ike. É uma das mais concorridas, bem-sucedidas e longevas seções publicadas cotidianamente no jornalismo gaúcho.
Por tal, Ike é respeitado e elogiado por colegas da mesma área e por profissionais de todas as vertentes da comunicação, por sua versatilidade e capacidade de, ao longo desse tempo, sempre adaptar-se rapidamente (e com as costumeiras eficiência e competência) aos novos tempos. E pouco importava que isso envolvesse impresso, rádio, TV, internet, mídias sociais ou publicações online.

Aos 71 anos, completados em 20 de julho, este canceriano concluiu nessa sexta-feira à tarde tanto a sua edição que circula nesta edição quanto a que será veiculada na segunda-feira. E passou pela Redação da Gazeta para conferir o resultado. Bem como fez na véspera da edição de 28 de setembro de 1979, uma sexta-feira. Ali, nas páginas 28 e 29, os leitores se deparavam com o primeiro Jornal do Ike. Nele, breve apresentação: “Aqui estamos, somando esforços para o sucesso da Gazeta do Sul, em sua nova fase, em off-set”.

Primeiro Jornal do Ike: Gazeta do Sul, 28 de setembro de 1979

Era justamente a primeira edição impressa por essa nova tecnologia. Com ela, o Ike chegava.
E nunca mais deixou de estar na Gazeta. Na primeira veiculação, duas páginas, ainda totalmente em preto-e-branco, com muitas informações e, claro, fotos, entre elas a da primeira-dama Edeltraud Frantz, em destaque. E já seções clássicas, como “Zona Franca”, “Numeradas” e a imperdível “Filosofia”. Nesta edição, novamente nas páginas 28 e 29 em que apareceu lá no início, Ike segue cativando e informando o leitor, exatamente como fez há 45 anos: com texto leve, elegante, espirituoso, de altíssima qualidade, digno de um eterno número 1!

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ENTREVISTA

Gazeta: Quem é o Ike e do que ele mais gosta?
Ike:
Antes de mais nada, uma pessoa que gosta muito de saber o que acontece no mundo. Acredito que seja uma pessoa simples e que, além dos meus afazeres profissionais, adora música, de Beatles a Michael Bublé, de Roberto Carlos ao saudoso Zé da Banca. Da N’Band, da Viúva Negra, da Íris Ativa, do Thiago Porto, do Marcel Knak, do Lydio Frantz, filmes, futebol e por aí vai. Gosto desse envolvimento com as pessoas que minha profissão proporciona, das mais diversas faixas etárias e segmentos. É o combustível que me move. O melhor de tudo é encontrar nossos leitores e ouvintes.

Como o Ike enxerga o mundo e qual o seu sonho por realizar?
Sempre que me perguntam sobre o tal sonho, fico pensando e não encontro uma resposta definitiva. Qual seria esse sonho? Mas certamente é continuar com saúde e condições plenas de andar, viajar, aprender, descobrir e, claro, de me comunicar. Claro que ainda tenho meus desejos, objetivos. Mas são simples e acredito que vou chegar lá. Ah! Tem o livro. Uma dia sai. E quem sabe conhecer a Terra Santa…

Como foi a experiência daquela primeira coluna, há 45 anos?  
Nunca imaginei chegar a 45 anos de coluna aqui na nossa querida Gazeta do Sul. Tudo foi muito rápido e prazeroso. Cada coluna é um desafio. Noticiar, registrar, informar é muito gratificante. A primeira coluna, no dia 28 de setembro de 1979, foi histórica em todos os sentidos. Era a estreia da impressão em off-set da Gazeta. Foi um salto de qualidade do nosso jornal com que toda a comunidade santa-cruzense e regional vibrou. E mais avanços vieram, com os computadores, as cores, a internet.

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A coluna registrou, edição após edição da Gazeta, a história social de Santa Cruz e da região…
Acredito que sim. A coluna me proporcionou contatos com toda a região. Um exemplo foi o concurso Rainha das Piscinas do Vale do Rio Pardo, que marcou época e até hoje é lembrado. Tivemos a alegria de registrar praticamente tudo que acontece na área social e cultural da Santinha neste anos. É muito gratificante relatar o sucesso dos eventos, de pessoas, de artistas e do trabalho de entidades e clubes.

O que o levou para o jornalismo e como vês a missão dessa área? Como vês a relevância dessa atividade?
Desde jovem gostava de escrever e, por influência do meu pai, gostava muito de ler jornais. Mais adiante, não perdia o “Radar”, do Lúcio Michels; o “Carrossel”, da Sônia Marli Kessler Kist, aqui nas páginas da Gazeta, e também as colunas de Saul Jr, Gasparotto, César Krob, Zózimo e Ibrahim Sued. Nos tempos do Grêmio Estudantil São Luís, elaborava na base do mimiógrafo o jornal do colégio; na Uesc, escrevia a coluna “O Ponto”, que saía aqui na Gazeta do Sul; e também apresentava o programa da Uesc, na Rádio Santa Cruz. E como circulava muito, o saudoso amigo Cacildo Pagel me falou do seu projeto de criar um jornal, o Riovale, e me convidou a escrever uma coluna para a primeira edição. Era a coluna “Oba Oba e os Mil Lances”.Depois vim com muita alegria para a nova fase da Gazeta do Sul, a convite do nosso diretor André Luís Jungblut, encontrando os saudosos Ernany Aloisio Iser, Guido Ernani Kuhn e Paulo Treib, e surgia o “Jornal do Ike”. O nome foi sugerido pelo André. A relevância dessa atividade se confunde com o jornal; milhares de pessoas têm o costume de começar o dia com a Gazeta nas mãos. Recentemente, num velório, no momento da despedida final, ouvindo os comentários sobre a pessoa falecida, foi frisado que uma das suas maiores alegrias era esperar cedo da manhã pela chegada da Gazeta do Sul, para então tomar seu café e ler as notícias. Foi algo que me sensibilizou muito e percebi a importância de todo o nosso time, do qual tenho o maior orgulho de fazer parte nesses 45 anos.

Como é o teu dia a dia? Deves ter, parodiando o Rei Roberto, muito mais do que “um milhão de amigos”, não é mesmo?  
Menos, amigo Romar. Mas, na verdade, são muitos sim, longe de um milhão. E quase todos os dias conheço novos leitores, ouvintes e amigos. E é graças a eles que a coluna acontece. Os leitores são a notícia. O jornal é deles e para eles. Do assinante, de quem compra o jornal, daquele que anuncia seu produto. Aquele que nos inspira a fazer melhor e melhor. Nosso compromisso é renovado todos os dias.

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Como é fazer colunismo social adequando-se às novas ferramentas e tecnologias? Estás pronto para tudo o que ainda venha por aí?
Sempre foi um desafio, como montar um quebra-cabeças, correndo contra o tempo. Com a internet, tudo ficou mais rápido. Se antes eram as cartas, os bilhetes, o telefone, agora temos o Whats e as redes sociais, que ajudam muito. A quantidade de eventos aumentou muito e até fica difícil acompanhar e registrar tudo. A coluna, por exemplo, tem a versão digital, com uma série de fotos que não entram no impresso.

O que vem por aí?
Vamos vivendo um dia de cada vez, sempre buscando fazer o melhor. Sou muito grato a todos os colegas, de todas as épocas, conselheiros, colaboradores, às fontes, à comunidade santa-cruzense e da região, que sempre abriram suas portas e aqui, nesta casa, o nosso diretor André Luís Jungblut e demais gestores, que sempre nos deram incentivo e amizade.  

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