Astor Wartchow e Flávio Schedler, ambos aficionados pelo “jogo dos reis”, repassaram à coluna o livro de atas do Santa Cruz Xadrez Clube, fundado em 5 de março de 1951. O primeiro presidente foi Carlos Maurício Werlang, que tinha Gerhard Kämpf como vice.
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A criação foi no Bar Schuck, que ficava na Rua Marechal Floriano, 531, com 61 presentes. Grande apreciador desse esporte, o proprietário Virgílio Schuck foi aclamado presidente de honra.
O Santa Cruz era filiado à federação gaúcha e mantinha atividades semanais. Em 1953, a cidade foi sede de um grande torneio estadual. Após o evento, a entidade esfriou. Nova ata só aparece em 1956, convocando os associados para reorganizarem o clube. Com mais integrantes, os encontros passaram a ser na Aliança Católica.
Dois anos depois, surgem novas dificuldades. Havia apenas 16 sócios e a sede foi transferida para a Associação dos Ex-Alunos Maristas. Pouco depois, as atividades pararam. Só em 1971, um grupo mobilizou-se para reerguer o clube e Augustinos Kliemann foi aclamado presidente.
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Simão Campis e Lúcio Beuermann sucederam a Kliemann na presidência. Ocorriam jogos e torneios na Aliança, na Escola Senai, Quiosque e outros. Muitos voltaram a praticar o xadrez na cidade. e o clube obteve destaque em eventos estaduais.
A última ata é de 17 de maio de 1974. Passados 45 anos, o professor Flávio e alguns abnegados trabalham para reerguer o esporte. Não podemos esquecer que o maior expoente do xadrez brasileiro, Henrique Costa Mecking (o Mequinho), nasceu em Santa Cruz em 23 de janeiro de 1952. Mesmo que nunca tenha atuado aqui, ele leva o nome da cidade no seu currículo.
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