Na semana passada, recuperamos artigo da Gazeta do Sul falando sobre os passos iniciais da Paróquia São João Batista, da povoação de Santa Cruz. O primeiro padre que veio com a missão de ficar por mais tempo foi o alemão José Stüer, que chegou em 1863 e permaneceu até 1870.
Antes, esteve aqui o padre Manuel da Conceição Braga, que chegou em 6 de julho de 1860. Como não falava a língua alemã, teve dificuldades para se relacionar com os colonos e logo foi embora.
Com a saída de Braga e até a chegada de Stüer, a paróquia recebeu visitas eventuais do padre Miguel Kellner. Ele era missionário e passou pela colônia em três ocasiões, rezando missas.
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Há também o registro da primeira morte de um jesuíta em Santa Cruz, o padre José Zeitlmayer, de 52 anos. Ele acordou dia 3 de fevereiro de 1873 e disse que não estava se sentindo bem. Por isso, preferiu não rezar a missa da manhã, mas foi ouvir confissões.
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Ele desmaiou no confessionário e as pessoas correram para socorrer o padre. Ainda na igreja, recebeu a extrema unção e foi carregado até a casa canônica.
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À tarde, Zeitlmayer faleceu. A notícia se espalhou e houve um velório concorrido, que reuniu católicos e evangélicos. A missa de despedida e o enterro foram acompanhados por enorme público.
Outros registros: em 16 de junho de 1871, a matriz recebeu de presente da Casa Ohland, da Alemanha, artística Via Sacra. A cerimônia de bênção durou quatro horas. Pouco depois, veio da Alemanha um harmônio, para solenizar as celebrações.
Em 2 de agosto de 1872, o paroquiano João Spies foi recebido com palmas na frente da matriz. Ele veio de carroça, de Rio Pardo, trazendo três estátuas para a igreja: de Nossa Senhora, de São João Batista e de São Miguel Arcanjo, além de paramentos e turíbulo.
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