Santos :“Não é porque moramos em um beco que não vamos manter o capricho”
A iniciativa de um morador da Zona Sul de Santa Cruz do Sul de transformar a realidade onde vive por meio da construção de um jardim é inspiração para muitas pessoas. Na casa de número 893, em um beco localizado na Rua Adolfo Pritsch, no Bairro Bom Jesus, residem o zelador de condomínio José Claudino dos Santos, 50 anos, a esposa Vanderleia e dois filhos. No terreno de aproximadamente 60 metros quadrados existem duas moradias – a dele e a de outro filho.
Apesar de ser um local simples, o morador do mesmo endereço há pelo menos 16 anos conseguiu transformar a realidade do lugar e deixá-lo mais colorido. A mudança é tanta que chama a atenção de outras pessoas que chegam ao portão. “Era uma área verde, mas que aos poucos foi sendo aterrada e transformada. Agentes de saúde e outras pessoas ficam admiradas quando chegam aqui. Eu gosto de sentar na frente de casa e ter um lugar bonito e arrumado para olhar. Não é porque moramos em um beco que não vamos manter o capricho”, afirmou Santos.
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O zelador explicou que são pelo menos 22 espécies de folhagens, 12 tipos de rosas e algumas árvores frutíferas, como bergamoteiras, mangueiras, ameixeiras e ingazeiros. De todas as plantas, 90% foram adquiridas por ele e as demais doadas em forma de mudas por amigos e conhecidos.
Dedicação
A inspiração para cuidar do espaço com tamanha dedicação José Claudino dos Santos conta que veio da família – que reside no interior – e também da época em que atuou como jardineiro em uma empresa de Santa Cruz do Sul. “Vim de Sinimbu. Minha família sempre trabalhou com plantação. Mas acho que a prática e o gosto por jardinagem surgiu mesmo quando trabalhei nesta empresa.”
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A dedicação aos afazeres do pátio é total, como explica. “Sempre que estou em casa e tenho um tempo livre, estou mexendo com a terra ou podando um galho aqui e outro ali. Não gosto de ver as coisas se acumularem ou ficarem fora da ordem. Cuido de todo o terreno, porque não adianta enfeitar somente a frente da casa e descuidar dos fundos.”
De acordo com Santos, a intenção é fazer a iniciativa chegar até outros moradores. “Precisamos conscientizar as pessoas a arrumarem seus pátios e recolherem itens e lixo espalhados. Aos poucos muita coisa pode ser melhorada.”
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