O ano de 2023 está chegando ao fim. E com ele, a melhor temporada da carreira da atleta dos Vales do Taquari e Rio Pardo, Jaqueline Beatriz Weber. Para a atleta, foi mágico. De realizar sonhos, de disputar os maiores eventos do mundo e de fazer as melhores marcas da vida. Quando não venceu provas, aprendeu bastante.
A meio-fundista do Praia Clube/Miller/Certel/Florestal/Fila começou o ano em preparação na altitude de Paipa, na Colômbia. No retorno, fez competições no Uruguai, Chile e São Paulo, já se posicionando bem no ranking sul-americano. Em maio, partiu para uma turnê europeia de competições. Venceu provas na Grã-Bretanha e Espanha, foi vice-campeã em Lisboa, e fechou com chave de ouro com título na Suíça e a sonhada marca de 2min01 nos 800 metros.
“Talvez o dia 17 de junho tenha sido um dos mais felizes da minha vida. Correr 2min01 é algo bem relevante a nível mundial e mostrou que podemos chegar onde quero, que é o índice olímpico”, sublinhou. No retorno ao Brasil, Jaque passou por alguns momentos mais turbulentos, com os bronzes no Troféu Brasil e os quartos lugares no Sul-Americano.
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Foi o momento em que precisou administrar as emoções. “No esporte, nem tudo sai como planejamos. O corpo acusou o cansaço, mas no fim consegui me restabeler rápido para encarar o que seria a melhor fase do ano”, relatou. Em um momento de transição de semestre, Jaque foi convocada para defender o Brasil no Campeonato Mundial Adulto, em Budapeste, na Hungria. O Mundial foi a realização de um sonho, ao correr ao lado da holandesa de ascendência etíope Sifan Hassan e bater novamente o recorde gaúcho dos 1,5 mil metros.
“Me fez sair do estádio e ligar imediatamente para o Fabiano (Peçanha), meu noivo e treinador. Naquele momento, entendi o quão incrível ele dizia ser correr esse nível de competição”, relembrou. Mas o ano ainda não terminava por aí. Jaque foi convocada para o primeiro Campeonato Mundial de Corrida de Rua da história, em Riga, na Letônia. Para coroar, Fabiano Peçanha foi convocado como treinador. Jaque finalizou o Mundial na 24° posição e quebrou o recorde brasileiro de Milha de Rua (1.609 metros) que durava mais de 20 anos. No retorno da Europa, em outubro, Jaque foi direto para altitude de Paipa, na Colômbia, se preparar para os Jogos Pan-Americanos, em Santiago.
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Na avaliação da atleta, a competição no Chile foi épica. Correr em um estádio com mais de 45 mil pessoas, na América do Sul, com amigos e familiares na arquibancada, foi algo indescritível. No início, o quarto lugar foi um pouco amargo, mas depois entendeu a grandeza do resultado, em um evento gigante que é o Pan. A temporada ainda marcou a transição para o Praia Clube, de Uberlândia. Porém, a atleta continua coordenando, junto com Peçanha, o projeto social da Associação Medalha de Ouro, (AMO) Atletismo.
Para o ano de 2024, a expectativa é altíssima. “Chegou o ano olímpico. O calendário será muito intenso. Se em 2023, eu fiquei mais de 150 dias fora de casa, o próximo será de ainda mais entrega. Espero muito poder contar aqui no próximo ano a realização de grandes sonhos no esporte”, concluiu o resumo.
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