O governo japonês aprovou nesta sexta-feira, 12, a revisão do plano para as operações de desmontagem da Central Nuclear de Fukushima, que devem durar de 30 a 40 anos. Apesar de a retirada do combustível – uma operação-chave no processo – possa se atrasar entre dois e três anos, o Executivo japonês e a operadora da fábrica, a Tokyo Electric Power (Tepco) estimaram que a alteração não afeta o conjunto de trabalhos pendentes na central.
Além da retirada do combustível fundido de dentro dos reatores, a central, atingida pelo terremoto e o tsunami de 2011, ainda enfrenta o problema da acumulação diária de centenas de toneladas de água radioativa nas instalações. Essas inundações são produto da água que, por meio dos canais naturais, entra nos porões dos reatores e, uma vez ali, mistura-se ao líquido refrigerante contaminado que esteve em contato com as unidades danificadas.
Atualmente, o governo e a Tepco testam um sistema experimental – um muro subterrâneo – para desviar o fluxo das águas e evitar que essa acumulação diária possa ir parar no Oceano Pacífico. O tsunami e o tremor de magnitude 9 na escala Richter, de 11 de março de 2011, provocaram em Fukushima o pior acidente nuclear desde o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
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As emissões e fugas resultantes mantêm deslocadas milhares de pessoas que viviam próximo à central nuclear e afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca local.
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