Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

CONVERSA SENTADA

Janelas quebradas

Muitas pessoas decidiram passar dias, inverno ou verão, no litoral. Criou-se um fenômeno muito interessante. Um terreno bem grande era cercado, dentro se colocavam ruas, terrenos, quadras de esportes, piscinas etc. Havia portarias, de sorte que só quem fosse identificado, adentrava. O projeto deu certo, principalmente para pessoas que não querem ter problemas com vizinhança ou danos muito comuns nas casas que ficam abandonadas, sujeitas a pequenos furtos ou mesmo de objetos de valia.

E os condomínios vieram para ficar. Eu tenho casa fora de condomínio. Nunca a deixo sozinha. Se tiver que viajar ou sair, sem problema. Tenho pessoas que ficam na minha casa, cuidando das cachorras.

De qualquer modo, há vantagens e problemas dos dois lados.

Publicidade

Em Xangri-Lá a passagem de dezembro para janeiro, à meia-noite, foi um horror, como relatei há uma semana aqui na Gazeta.

Um dos primeiros condomínios foi lançado à beira-mar, de frente a um prestigiado e lindo restaurante. São unidades que se prestam mais a jovens casais. Eis que chega o dia 31 de dezembro e começa uma aglomeração no “centrinho” de Atlântida.

Sucede que os ânimos se acenderam e, do nada, começou uma batalha campal entre grupos de pessoas jovens, vindas de lugares não sabidos. A praia é pública.

Publicidade

Terríveis as imagens que circularam. Garrafadas para lá e para cá entre os grupelhos. Quebraram os portões de vidro do condomínio, gerando um prejuízo enorme. A polícia não apareceu. Só por milagre não se feriu ninguém.

No outro dia, uma autoridade competente para a segurança declara: não foi caso de polícia, mas sim de falta de educação…

Meeeeeusss sais! Quebram com garrafadas casas e cercas e isso não tem nada a ver? E o perigo, senhor policial? E se voar uma garrafa na cabeça de alguém que morre?

Publicidade

Sugiro que reflitamos um pouco sobre esse “laissez faire, laissez passer” que nos assola.

Um belo trabalho do jurista Luis Pelegrini:

“A teoria das janelas quebradas ou ‘broken windows theory’ é um modelo norte-americano de política de segurança pública no enfrentamento e combate ao crime, tendo como visão fundamental a desordem como fator de elevação dos índices da criminalidade. Nesse sentido, apregoa tal teoria que, se não forem reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves, em vista do descaso estatal em punir os responsáveis pelos crimes menos graves. Torna-se necessária, então, a efetiva atuação estatal no combate à criminalidade, seja ela a microcriminalidade ou a macrocriminalidade.”

Publicidade

LEIA MAIS COLUNAS DE RUY GESSINGER

quer receber notícias de Santa Cruz do Sul e região no seu celular? Entre no NOSSO NOVO CANAL DO WhatsApp CLICANDO AQUI 📲 OU, no Telegram, em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.