Na última sexta-feira, quando o nível do Rio Jacuí chegou aos 13 metros, os moradores do balneário Porto Ferreira já haviam começado o trabalho de remoção ou realocação dos móveis e eletrodomésticos. Desde então, a água não parou de subir e na noite dessa segunda-feira, 11, já ultrapassava os 15 metros. Com isso, as ruas mais próximas do curso d’água já estavam submersas, assim como algumas residências. Segundo a Defesa Civil, o acesso não é mais possível para carros de passeio.
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De acordo com a moradora Sílvia Mitereschi, a comunicação por meio de grupos no WhatsApp tem sido uma solução eficaz de alerta antecipado e possibilita que os moradores ajam para evitar perdas, uma situação comum no passado. “Muitos já vieram levantar ou recolher os pertences, outros ainda estão chegando. Desde que criamos essas comunidades ninguém perdeu mais nada nas casas”, conta. Na Praia dos Ingazeiros, outro balneário tradicional da Cidade Histórica, a água está a poucos metros de alcançar a Avenida Perimetral.
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Segundo Andreia Moreira, coordenadora da Defesa Civil do município, duas rondas diárias são feitas em parceria com o Corpo de Bombeiros nas localidades mais preocupantes e um ginásio já está preparado para a eventual necessidade de remoção de famílias. Na entrada para o Porto Ferreira algumas famílias já foram retiradas, mas preocupam também a Vila Nova e a Travessa do Camargo.
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Conforme o relato de Andreia, a população das áreas de risco tem se mostrado mais receptivas aos avisos devido ao ocorrido no Vale do Taquari na semana anterior. Em um apelo, pediu a colaboração de todos em função da sobrecarga de trabalho que os bombeiros têm enfrentado nos últimos dias. “Claro que ninguém deixará de ser atendido, mas se pudermos prevenir, é muito melhor. Eles também são seres humanos, têm suas famílias e estão expostos a muitos perigos.” A última vez que Rio Pardo foi atingida por uma cheia dessas proporções foi em 2019.
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