O livro que J.K. Rowling lança nessa terça-feira, 15, no Reino Unido, está sendo apontado como uma obra transfóbica. Em “Troubled Blood”, a autora, da saga de Harry Potter, retrata a história de um assassino em série que se veste como mulher para matar mulheres cis. O caso é investigado pelo detetive Cormoran Strike, no quinto livro sob o pseudônimo de Robert Galbralth.
No fim do ano passado, a escritora gerou polêmica ao defender Maya Forstater, uma pesquisadora britânica que perdeu o emprego em uma instituição sem fins lucrativos após ter dito que transgêneros não poderiam mudar de sexo biológico. “Vista-se como quiser. Chame a si mesmo como quiser. Durma com qualquer adulto que consinta. Viva sua melhor vida em paz e segurança. Mas forçar mulheres a deixarem seus empregos por afirmarem que o sexo é real?”, escreveu J.K. Rowling na ocasião.
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Com o lançamento do livro nessa terça, alguns críticos foram incisivos, como Jake Kerridge, em The Telegraph: “me pergunto o que os críticos da posição de Rowling sobre questões trans vão achar de um livro cuja moral parece ser: nunca confie em um homem de saias”. Kelly Lawler, do USA Today, declarou: “A intensidade e crueldade das declarações de Rowling me chocaram. O debate sobre se é possível separar a arte do artista ressurge toda vez que uma celebridade faz ou diz algo errado”.
Nas redes sociais, a hashtag #RIPJKRowling ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira, 14. No Brasil, os internautas ficaram decepcionados. “Eu admiro muito os fãs de Harry Potter. Eu jamais iria conseguir separar a obra da monstra criadora. Força, guerreiros”, escreveu um. “Sério, JKRowling? ‘Nunca confie em um homem de vestido’? Ser transfóbica já é péssimo agora escrever um livro assim é fora do limite”, comentou outra internauta.
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