As autoridades de Israel começaram a instalar nesta quarta-feira, 14, postos de controle nos acessos a bairros palestinos de Jerusalém Oriental. A intenção é tentar conter a onda de violência entre palestinos e israelenses na região. Os confrontos das duas últimas semanas entre os dois lados provocaram a morte de sete israelenses e 30 palestinos. Na terça, 13, três atentados realizados por palestinos deixaram três israelenses mortos e 18 feridos.
A decisão do gabinete de segurança permite que a polícia imponha um toque de recolher e feche bairros considerados “centros de atrito e incitação à violência”. Estas regiões também terão a segurança reforçada nos próximos dias.
Como medidas adicionais, Israel também demolirá as casas das famílias dos autores de ataques, revogará as permissões de residência dos envolvidos e não devolverá os corpos dos atacantes a suas famílias. “Com estas ações e operações policiais pretendemos responder de forma justa à onda de terror e esfaqueamentos, com base no conceito de tentar fazer cumprir a lei e a ordem a todos”, disse a porta-voz da polícia, Luba Samri.
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Todas as medidas aprovadas pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu nesta quarta já foram tomadas pelos israelenses em ondas de violência no passado. Em geral, elas provocaram mais revolta entre os palestinos. A instalação de postos de controle dificulta a vida cotidiana, como a viagem das crianças às escolas e dos adultos a seus locais de trabalho. A demolição das casas e a retenção de corpos de palestinos levaram a novos confrontos.
As novas restrições foram condenadas pela ONG Human Rights Watch. Para a organização, a iniciativa de Israel infringe a liberdade de movimento dos palestinos e é uma reação excessiva aos últimos episódios de violência. “A onda de ataques é um desafio para qualquer força policial, mas exacerbar a política punitiva da demolição de casas é uma resposta fora da lei e destinada a provocar dano”, disse a representante local da entidade, Sari Bashi.
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