Israel anunciou nesta quarta-feira, 1, a construção de mais três mil casas em assentamentos judaicos na Cisjordânia. Este é o quarto anúncio de ampliação da colonização israelense em territórios ocupados palestinos desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, há duas semanas. A decisão confirma a dinâmica israelense adotada após a mudança de governo em Washington, já que Trump tem dado declarações de apoio a Israel. As informações são da Radio France Internacionale.
O anúncio das novas construções também pode ser analisado como uma concessão adicional aos partidários da colonização da Palestina por Israel, no momento em que as autoridades israelenses foram obrigadas pela Suprema Corte do país a desmantelar uma colônia judaica simbólica na Cisjordânia até 8 de fevereiro, numa batalha jurídica e política que já dura há anos.
Os assentamentos civis israelenses nos territórios palestinos ocupados são ilegais do ponto de vista do direito internacional. Este é um dos maiores obstáculos para o emperrado processo de paz entre israelenses e palestinos, e ameaça a criação de um Estado palestino independente que coexistiria com Israel, a solução internacional defendida por muitos para acabar com o conflito.
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A retirada dos 330 colonos que moram no assentamento da colina de Amona, perto de Ramala, construído ilegalmente em terras privadas palestinas, começou na manhã de hoje (1o). Centenas de policiais enviados ao local encontraram uma situação tensa. Os moradores se negam a deixar a área e dezenas de jovens garantem que vão resistir. Nessa madrugada, eles colocaram fogo em pneus e lançaram pedras contra jornalistas.
Apesar das críticas e da preocupação da comunidade internacional e dos palestinos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se encontrará com Donald Trump no dia 15 de fevereiro, em Washington, disse que Israel vai continuar a erguer casas nas colônias.
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