A jornada de empreender nos abre muitas portas, e a gente se apaixona por muita coisa.” É assim que Amanda e Anelise Lazzari definem sua trajetória. Elas estão prontas para os desafios e abertas às oportunidades, que sempre souberam aproveitar. Hoje com 26 e 30 anos, respectivamente, já contabilizam experiência de sobra para compartilhar. E não poderia ter sido em outra data que elas iniciariam mais um capítulo da sua história. Em 17 de novembro, Dia do Empreendedorismo Feminino, apresentaram a Orizza, nova marca da Pink Lemonade, de propriedade delas.

Anelise é formada em Química Industrial e entrou na faculdade querendo trabalhar com beleza. Pelo caminho, abraçou outras oportunidades, mas o motivo que a fez escolher o curso seguia lá. A vontade de empreender também era uma realidade, e o exemplo estava dentro de casa: pai e mãe são empresários.

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Em 2017, Anelise pediu demissão e, com a irmã mais velha, Andressa, uniu a paixão pelo mundo da beleza com o desejo de empreender. Juntas, fundaram a Pink Lemonade, loja multimarcas focada, inicialmente, em maquiagem, mas que logo ampliou o portfólio com produtos para skin care e bem-estar. Amanda, nessa época, cursava Direito e nem cogitava atuar na área das irmãs. No entanto, não deixava de dar algum suporte quando precisavam de auxílio conforme a loja se expandia.

No início, a falta de experiência foi um desafio, mas elas buscaram se abastecer de todo o conhecimento necessário. “A principal dificuldade era a credibilidade, ser aceita pelos fornecedores, porque não éramos conhecidas, não tínhamos espaço físico, nosso CNPJ era novo. Então, a gente tinha que fazer as compras, quando as marcas nos aceitavam, à vista”, lembra Anelise. Em pouco tempo, seriam as marcas que as procurariam para fazer parte do portfólio da loja.

Dois anos depois, foi a vez de Amanda perceber que seu caminho era outro. “Muito rápido dentro da advocacia eu percebi que a minha energia não era aquela ali, e foi justamente essa vivência que me proporcionou ver que eu me identifico como empreendedora mais do que como advogada”, relembra. “É uma profissão linda, eu admiro muito meus colegas, porque é muito difícil advogar, mas foi dentro da advocacia que eu percebi que o meu caminho é outro.” A Pink se expandia cada vez mais e Amanda aceitou o convite das irmãs para entrar na sociedade.

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As velas

Dentro da Pink, as velas sempre foram os produtos que mais se destacaram. Num primeiro momento, eram produzidas por uma artesã de Santa Cruz, mas a capacidade de produção era limitada. A produção própria, então, permitiu ter mais controle criativo e de execução, e a coleção das velas da marca Pink cresceu. Durante a pandemia, as irmãs Lazzari começaram a sentir falta de conexões. Essa percepção as fez investir em velas que se encaixassem em momentos para as pessoas fazerem parte da vida umas das outras. “As velas que produzimos são muito mais do que objetos materiais, elas são a tradução de sentimentos que temos em relação a nós, aos outros e à vida”, comenta Amanda.

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A Orizza

A Orizza surgiu para valorizar o produto diferenciado que a loja oferece: as velas. Além disso, as irmãs precisavam de um produto que representasse o novo momento delas. “Pra gente conseguir se expressar de uma forma diferente, uma marca diferente precisava existir”, diz Anelise. Amanda explica: “Orizza é uma versão muito mais madura de nós mesmas, a composição das velas, as embalagens, a combinação dos aromas desenvolvidos pela Ane, tudo demonstra nosso amadurecimento, e nosso crescimento como mulheres também”. O nome é simbólico em todos os sentidos. Com um z, é uma das maneiras pelas quais o patchouli, presente na produção das velas, é conhecido. O acréscimo do segundo z remete à palavra “horizonte” em italiano e representa a família, a união das irmãs. O aroma está relacionado a prosperidade, recomeço. O amarelo nas embalagens é inspirado nos telhados das casas de Arzignano, na Itália, terra dos bisavós paternos. Uma ligação entre o passado e o futuro, Orizza é Amanda e Anelise hoje, duas mulheres com visão para os negócios, sem nunca deixar de valorizar a vida e as pessoas: família e clientes.

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