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Irga expõe em quatro vitrinas opções para culturas em terras baixas

Mais de 800 pessoas, entre produtores, técnicos, estudantes e curiosos visitaram a área destinada à orizicultura na Expoagro Afubra, durante o Dia do Arroz, nesta quarta-feira, 20. Também um ótimo público saboreou o arroz-de-carreteiro, preparado para mais de mil pessoas, pela equipe do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A entidade recepcionou os visitantes com quatro vitrinas tecnológicas, propondo a rotação de culturas em terras baixas como ferramenta de sustentabilidade ao arroz irrigado.

O roteiro começou com a primeira estação destinada ao cultivo de soja em terras de arroz, com apresentação do coordenador do Irga na Região Central, o engenheiro agrônomo Enio Coelho, e do engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, do Núcleo de Assistência Técnica e Extensão (Nate) de Rio Pardo. “Há 15 anos, plantar soja em área de arroz era impensável, mas a tecnologia e o manejo evoluíram e hoje, para 900 mil hectares de arroz que formam a safra de arroz, há outros 500 sendo cultivados com a oleaginosa nas terras baixas”, revela Enio.

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Entre as vantagens do cultivo estão aquelas que fazem parte da recomendação da rotação de culturas: mudança – e maior eficiência dos mecanismos de controle de pragas, invasoras e doenças, inclusive resistentes – e ciclagem dos nutrientes com a recomposição das características químicas e físicas do solo. Em relação à soja, as apresentações são sobre cultivo em várzea, com análise da importância da irrigação mesmo em anos de El Niño, escolha de materiais (são oito cultivares implantadas na área), época de semeadura, drenagem, adubação e calagem, além de manejo de plantas daninhas, pragas e doenças.

Estes mesmos princípios se aplicam ao milho, que compôs a segunda estação, desta vez sob responsabilidade do professor da UFRGS e consultor do Irga, Paulo Régis da Silva e o coordenador do Departamento de Extensão (Dater/Irga) Luis Fernando Siqueira. Embora o milho seja mais sensível ao estresse hídrico, por déficit ou excesso, o cientista considera que a metade sul gaúcha é a região mais indicada para uma expansão desta cultura. “Hoje não se concebe produzir milho fora de um sistema de irrigação, e o produtor das terras baixas sabe conduzir bem a irrigação e está em uma região do estado que tem abundância de água”, observa.

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A Farsul e outras instituições lançaram um programa que visa incentivar a produção de milho no Rio Grande do Sul, por causa do déficit de oferta, uma vez que por questões de logística e preço o grão do Centro Oeste não deve “descer” mais pro Sul. “Essa inviabilidade obriga-nos a encontrar soluções para a nossa indústria de rações e as cadeias de aves, suínos e gado leiteiro. E a intensificação dos cultivos em terras de arroz é uma das soluções possíveis”, argumenta Paulo Régis.

Nesta vitrina, foram apresentadas explanação sobre o cultivo irrigado em microcamalhão, o manejo da irrigação com e sem microcamalhão, a densidade de semeadura, a escolha da cultivar (cinco foram semeadas), manejo de adubação para altas produtividades e controle de plantas daninhas, pragas e doenças.

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Arroz

Entre as novidades que os produtores puderam assistir na 22ª Expoagro Afubra, está o lançamento da cultivar IRGA 426CL e manejo adubação de base e cobertura, em busca de altas produtividades. Também foram apresentados comparativos de desempenho e produtividade entre IRGA 424 CL, IRGA 431 CL e IRGA 426 CL e foi apresentada uma parcela com a futura variedade IRGA 432. Os pesquisadores Gionei Assis e Nelson Cardoso foram encarregados deste tema para os grupos de produtores visitantes. O controle do arroz vermelho, planta daninha importante, que reduz o valor de mercado do grão branco, foi tema da cientista Mara Grohs, do Irga. De adubação, seus métodos e impactos foram apresentados pelos pesquisadores e extensionistas Gionei Assis e Nelson Cardoso.

Os roteiros do Irga

  • Estação 1
    • Lançamento cultivar IRGA 426CL e manejo adubação
    • Manejo para média e alta produtividade
    • Comparativo entre IRGA 424 CL, IRGA 431 CL E IRGA 426 CL
    • Adubação de base e cobertura
  • Estação 2
    • Antecipação da irrigação e manejo de arroz vermelho
    • Manejos adequados e novas tecnologias para o controle de arroz vermelho
    • Manejo para alta produtividade em arroz irrigado
    • Preparo antecipado
    • Época de semeadura
    • Antecipação da irrigação
  • Estação 3
    • Cultivo de milho irrigado em microcamalhão
    • Manejo da irrigação com e sem microcamalhão
    • Densidade de semeadura
    • Escolha da cultivar, 5 cultivares implantadas na área
    • Manejo de adubação para altas produtividades
    • Controle de plantas daninhas, pragas e doenças
  • Estação 4
    • Cultivo de soja em área de várzea
    • Importância da Irrigação mesmo em anos de El Niño
    • Escolha de materiais, 8 cultivares implantadas na área
    • Época de semeadura
    • Drenagem
    • Adubação e calagem
    • Manejo de plantas daninhas, pragas e doenças.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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