O IPE Saúde vai destinar um pagamento extraordinário de R$ 30 milhões para contas ambulatoriais hospitalares. O diretor administrativo do instituto, Henrique Hermany, explicou que o recurso extra tem origem no aumento de receitas do IPE e será empregado para fortalecer os atendimentos ambulatoriais das casas de saúde. “O repasse é em função de um superávit que tivemos neste início de ano e, pela situação do coronavírus, utilizamos como critério colocá-lo à disposição dos hospitais no atendimento ambulatorial. Ele não contempla internações nem procedimentos cirúrgicos”, disse.
Conforme Hermany, o principal objetivo é proporcionar um atendimento de qualidade. “O valor será repassado neste mês, quando ocorre o aumento pela procura pelos serviços de saúde, para que os hospitais possam proporcionar um atendimento com mais qualidade aos usuários segurados do IPE”, detalhou. “Obviamente o dinheiro que entra na conta dos hospitais, seja pelo SUS ou por um plano de saúde, impacta positivamente na qualidade do atendimento.”
As cotas orçamentárias normais do mês já foram ampliadas em relação às do ano passado e estavam em R$ 185 milhões. Em março, o pagamento será de R$ 215 milhões. Os repasses estão programados para os dias 5, 15 e 25. O valor de R$ 30 milhões será pago com a segunda parcela do mês e deve ser compensado até o dia 17.
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Hermany afirmou que o valor vai possibilitar cerca de R$ 500 mil a mais para casas de saúde da região. Somado à parcela do mês, o valor estimado para o Hospital Santa Cruz será de R$ 680 mil; para o Hospital Ana Nery, de R$ 745 mil, e para o Hospital São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, em torno de R$ 140 mil. A decisão de priorizar o pagamento das contas ambulatoriais hospitalares segue recomendação da portaria 188, de 3 de fevereiro deste ano, do Ministério da Saúde, que declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência do novo coronavírus.
Sobre a cobertura do teste para coronavírus, esclareceu que os planos de saúde não cobrem o exame de detecção porque ainda não consta no rol de obrigatoriedades da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que fiscaliza os planos de saúde no Brasil.
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