A Polícia Civil de Vera Cruz deflagrou na manhã dessa quinta-feira, 7, a chamada Operação Senhor das Armas. Um homem de 35 anos foi preso em uma residência na Rua Tiradentes, região central do município. Conforme as investigações coordenadas pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho, o acusado, que é vigilante, teria cometido furtos de armamento na empresa que trabalha partir do último mês de junho. Ao todo, foram furtados 100 revólveres, uma pistola e uma espingarda calibre 12. Ainda, os agentes encontraram na casa cerca de R$ 30 mil em dinheiro, enrolados em pacotes, escondido em cima de um armário.
Entre as provas obtidas que foram juntadas no inquérito estão imagens de câmeras que mostram a ação do investigado dentro da empresa de segurança. Em uma delas, é possível ver o homem de 35 anos pegando uma chave de fenda e forçando o desligamento dos disjuntores, o que corta completamente o fornecimento de energia no local, inclusive dos alarmes na sala de armamento. Depois de oito minutos, ele liga novamente a luz.
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Conforme a delegada Lisandra, além do furto qualificado a que o acusado irá responder, a investigação vai desdobrar outra vertente do crime organizado. “Vamos focar também na questão da lavagem de dinheiro, pois tomamos conhecimento de que esse indivíduo não possuía condições financeiras para adquirir determinados bens, e foi aumentando seu patrimônio”, comentou a titular da DP de Vera Cruz.
“Por isso há suspeita de que o furto das armas e o recebimento de valores tenham ocasionado a compra de bens que ele não teria condições se não fosse com o provento do crime”, completou. Após a prisão, o vigilante de 35 anos foi encaminhado para a delegacia e, depois, ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Sua identidade, assim como o nome da empresa de segurança alvo do furto, foram mantidos em sigilo pela Polícia Civil.
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A Gazeta do Sul entrou em contato com o advogado de defesa do vigilante. O criminalista Luiz Carlos Rech confirmou que uma audiência de custódia foi realizada às 14h30 de ontem, e o juiz Guilherme Roberto Jasper optou pela manutenção da prisão preventiva do investigado. “Vamos estudar com calma os elementos do inquérito, analisar os vídeos que haveria do fato e depois manejar o recurso adequado em favor do meu cliente”, disse o advogado.
No depoimento à polícia, o preso preferiu se manter em silêncio. De acordo com o defensor, ele irá buscar na Justiça a condição para que o vigilante responda ao caso em liberdade. “Ele paga o aluguel da casa, tem uma filha de 5 anos e a esposa desempregada. Também é réu primário, sem nenhuma condenação anterior, então a gente vai ver os elementos que conseguimos e buscar a soltura dele”, finalizou Rech.
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