O inverno no Hemisfério Sul, que começa nesta segunda-feira, à 0h32, e se estenderá até as 16h21 de 22 de setembro, será mais frio que a média dos últimos anos e menos chuvoso que o habitual. É o que indica a análise de clima da MetSul para os próximos meses no Rio Grande do Sul. Conforme a projeção, de junho a agosto a chuva ficará abaixo da média na maior parte do Estado. Contudo, em agosto os acumulados de precipitação devem ser os mais altos em algumas regiões, o que pode, inclusive, ficar acima da média mensal.
O primeiro dia do inverno, segundo a meteorologista Estael Sias, será nublado com umidade. Durante toda a semana, haverá variação térmica. “Até quinta-feira, teremos nuvens em toda a região e a umidade estará presente. As manhãs terão mínimas frias, com temperaturas próximas de 7 graus no amanhecer, e tardes na faixa dos 17 graus. Há previsão de chuva forte para quinta-feira”, relata. A partir de sexta-feira, a expectativa é de queda acentuada da temperatura. O primeiro fim de semana de inverno terá marcas abaixo dos 5 graus em vários municípios.
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Em comparação com os últimos anos, a MetSul projeta que este inverno terá dias mais gelados. Porém, não será um frio constante. “A tendência não é de um inverno com frio quase permanente, apesar da probabilidade de períodos de mais longa duração. Os episódios de frio intenso ou extremo tendem a ser pontuais”, adianta Estael. Em junho e julho, que historicamente são os meses de temperatura mais baixa, haverá até alguns dias de forte a intenso calor, com marcas perto ou acima de 35 graus. Contudo, as altas temperaturas poderão vir acompanhada de tempestades.
Já entre agosto e setembro, ocorrerá a transição de períodos amenos ou quentes para frios, com maior risco de temporais, episódios de granizo e vendavais. Também há possibilidade maior de episódios de frio intenso com risco agravado de geada tardia no fim do inverno e começo da primavera, o que pode trazer prejuízos à agricultura. “A alternância de calor e frio tende a levar a bruscas mudanças de temperatura com vento e, não raro, com tempestades severas. Isso provoca não apenas o risco de tempo severo, mas também de danos para a fruticultura, por conta das oscilações radicais de calor para frio e vice-versa”, alerta a meteorologista.
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MAIS GEADA
A geada ocorrerá mesmo com incursões de ar frio mais fracas. Será mais ampla na presença de massas de ar polar de maior intensidade, o que geralmente acontece em julho. Entretanto, em agosto e setembro, quando a temperatura começa a se elevar, a frequência de geada deve ser maior que o habitual para o período. A previsão é de que o inverno não terá formação de El Niño, fenômeno que aumenta as chuvas no Estado, ou La Niña, que provoca seca. O quadro atual é de neutralidade climática absoluta.
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O clima típico desta época do ano exige cuidados redobrados com a saúde, para evitar doenças respiratórias. O pneumologista Carlos Eurico da Luz Pereira alerta para as principais complicações que podem surgir e dá dicas de como evitar as crises alérgicas, que facilmente podem ser confundidas com sintomas de Covid-19.
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“Além de todos os problemas comuns de inverno, estamos pelo segundo ano consecutivo enfrentando a estação com a pandemia. Então, é extremamente importante que as pessoas prestem atenção e reduzam as doenças de inverno. Em caso de qualquer sintoma respiratório, como coriza, rinite ou outro, evite ir para a escola e ao trabalho. Faça isolamento em casa até ter certeza do que possa ser. Essa é uma medida cidadã, que evita a propagação do vírus”, ressalta.
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Evitar locais com aglomeração e onde há pessoas sem máscara também é importante. “Prefira sempre atividades ao ar livre e ambientes arejados com janelas abertas. Não se exponha a ambientes com fumaça, seja de cigarro ou de lareira”, afirma. O profissional também acrescenta que, mesmo com a vacinação contra a Covid-19 em andamento, é preciso cautela para manter a saúde em dia. Além da imunização contra a gripe, ele orienta que pessoas com doenças pré-existentes façam um tratamento preventivo para evitar crises mais graves no período.
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“A vacinação é a prevenção mais eficaz e deve ser feita logo nos primeiros meses de mudança de temperatura, de março a maio, pois leva de 20 a 30 dias para gerar proteção máxima. Quem tem doenças como asma, bronquite, enfisema e rinite não deve deixar de procurar atendimento médico nesta época de frio. Precisa iniciar um tratamento preventivo, o quanto antes.”
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