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Inverno quente

O veranico, em pleno inverno, agrada a quem não gosta de baixas temperaturas e pode abrir mão dos agasalhos mais pesados, mas no campo está fazendo seus estragos. Em primeiro lugar, algumas frutas anteciparam a floração, o que preocupa pela ocorrência de geadas ao longo de agosto que podem derrubar a produtividade. Os produtores de trigo estão sofrendo com o clima. As lavouras semeadas em julho têm mostrado germinação e crescimento desuniformes por falta de umidade no solo, o que afetará os rendimentos e a qualidade do grão gaúcho. O trigo tem sido a cultura de comercialização mais problemática na última década no Brasil, mas é fundamental no sistema de rotação de culturas com a soja e o milho e para a cobertura do solo em algumas regiões onde predomina o plantio direto na palha.

Movimento intenso

É intenso o movimento nas lavouras de tabaco da região. Basta circular pela RSC 287 para verificar diversos produtores procedento o transplante das mudas, aplicação de calcário e fertilizantes. Em outras áreas estão sendo concluídas as formações do camalhões para plantio ou a dessecagem da cobertura. O clima quente vem favorecendo o trabalho no campo. Mais informações atualizadas sobre esta cadeia produtiva podem ser acompanhadas em www.portaldotabaco.com.br .

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Anuário Brasileiro do Milho

O Brasil está colhendo na temporada 2016/17 a maior safra de milho da sua história, com 96 milhões de toneladas e grande participação da segunda colheita no Centro-Oeste. O grão torna-se, assim, ao lado da soja, uma das grandes vedetes da supersafra agrícola, que ajuda a impulsionar a retomada econômica nacional. Matéria-prima fundamental na alimentação das cadeias produtivas de proteína animal, e igualmente presente na mesa da população, também ganha impulso como gerador de energia na forma de etanol nas regiões de alta produção do Mato Grosso. O panorama de produção e de mercados é apresentado no Anuário Brasileiro do Milho 2017, que a Editora Gazeta está lançando esta semana em todo o país, junto à cadeia produtiva. Mais informações em www.editoragazeta.com.br .

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Preços

Por falar em milho, apesar da pressão da segunda safra, que de safrinha passou a safrona, os preços no Rio Grande do Sul continuam balizados acima da média brasileira, entre R$ 27,00 e R$ 28,00/60kg. O Paraná e parte do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste têm preços condizentes com o aumento da oferta pela colheita da segunda safra: entre R$ 15,00 e R$ 22,00, dependendo da região.

No Sul, apenas com a primeira safra e alta demanda de suas cadeias de proteínas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina são deficitários no grão. Isso faz, por exemplo, que nesta semana as cotações médias aqui no Vale do Rio Pardo ficassem entre R$ 27,00. A indústria de rações do Vale do Taquari ajuda a aquecer o mercado. Embora muito inferiores aos R$ 60,00 em que bateram no ano passado os preços, estudo da Conab indica que acima de R$ 21,00 o produtor do Sul do Brasil tem alguma rentabilidade.

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Crédito

Novo estudo da Farsul demonstra que de cada cinco produtores gaúchos que tomaram financiamentos oficiais na temporada de verão 2015/16, um não voltou a pedir empréstimo para os bancos em 2016/17. Somando todas as linhas houve uma redução de R$ 18,94 bilhões no montante total, 10% a menos do que no ciclo anterior da demanda no estado. Isso dá a dimensão da grande seletividade na liberação dos recursos do Plano Safra. Segundo Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul, as maiores diminuições do número de contratos de custeio ocorreram os produtores de arroz (-36%) e soja (-30%). Em valores houve redução dos empréstimos em 33% e 28%, respectivamente.

Bergamotas

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No Vale do Rio Pardo e nos Altos da Serra do Botucaraí (Centro-Serra) encontram-se em colheita as bergamotas das variedades Ponkan, Pareci e Caí. As laranjas de umbigo e comuns também estão na fase de colheita. Segundo a Emater/RS, a qualidade dos frutos é boa, por conta das condições climáticas favoráveis, com temperaturas amenas e boa incidência de radiação solar. Isso amplia a oferta regional. Consumir frutas da época não só faz bem à saúde, mas também ao bolso. A concentração de oferta torna os preços mais amigáveis.

Geadas

Feiras e supermercados da região já estão apresentando a conta das perdas de folhosas e tomates com o frio intenso da semana anterior. Em cultivos hidropônicos houve o congelamento das coroas das verduras, enquanto sob áreas protegidas, a geada prejudicou as brotações das folhosas e leguminosas. Houve alguns prejuízos às frutas em ponto de colheita, como as tangerinas, mas o maior reflexo foi sentido na produção de couve-flor, que aumentou 40% no preço ao consumidor por causa das perdas.

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