Santa Cruz do Sul

Inverno gaúcho deverá ter frio intenso e menos chuva

O inverno que começa às 6h14 da próxima terça-feira, 21, promete ter frio intenso e chuvas abaixo da média na região Sul do Brasil, conforme os prognósticos feitos por diversos serviços de meteorologia. Esse possível cenário, conforme a Emater/RS-Ascar, pode ser benéfico para as culturas de inverno, desde que alguns pontos sejam observados. Por outro lado, os produtores precisam ficar atentos às reservas de água para que as culturas de verão não sofram tanto em caso de nova estiagem.

As informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que a influência do fenômeno La Niña (redução da temperatura na superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical, Central e Oriental) indica o predomínio de chuvas abaixo da média em grande parte do Sul do País durante os meses de inverno, com exceção das áreas a Oeste dos três estados e no Extremo Sul do Rio Grande do Sul.

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Temperaturas próximas e abaixo da média também são esperadas a partir da incursão de massas de ar polar, sobretudo nos meses de julho e agosto, e pode haver ocorrência de geada.

Os dados da MetSul Meteorologia mostram que o La Niña será atipicamente prolongado: poderá se estender por vários meses e ser o mais intenso nesta época do ano em mais de duas décadas. A empresa explica, contudo, que os efeitos do fenômeno no inverno se dão mais nas temperaturas, favorecendo as incursões de ar frio. Ainda assim, mesmo com fortes ondas de frio, podem ocorrer também eventos de chuva volumosa. As temperaturas baixas já no mês de março foram um indicativo do que se pode esperar para o inverno.

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De acordo com Josemar Parise, extensionista rural da Emater, a chuva abaixo da média pode ser benéfica para as culturas de inverno, como o trigo, mas a previsão de frio intenso deve ser observada com atenção pelos produtores. “O planejamento do plantio é fundamental para que a época de florescimento das plantas não coincida com o período histórico de geada. O trigo é uma cultura muito sensível nessa etapa”, explica.

Em relação à semeadura dos cereais, Parise afirma que está ocorrendo dentro do previsto mesmo com as precipitações das últimas semanas. A perspectiva tanto para a colheita como para a comercialização é boa, com preços na faixa de R$ 110,00 a saca de 60 quilos e tendência de elevação.

Menos chuva no inverno, contudo, significa menos disponibilidade hídrica para o verão, situação que pode afetar as culturas da estação em caso de nova estiagem. Por isso, a orientação é ter atenção ao nível dos reservatórios. As precipitações acima da média nos meses de abril e maio, e a possibilidade de que isso se repita em junho, porém, servem para aumentar a umidade do solo e torná-lo mais resistente a uma possível seca.

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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