Prestes a ter sua duplicação iniciada, a RSC-287 passa por uma série de mudanças que acabam atrapalhando os usuários, que precisam exercitar a paciência no dia a dia. Por causa dos reparos, é possível perceber uma intensa movimentação de trabalhadores em um grande trecho da estrada. As obras, no entanto, resultam em bloqueios parciais do trânsito, que fica em meia pista.
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Recentemente, a concessionária Rota de Santa Maria recebeu uma advertência da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs) pelo descumprimento de prazos em intervenções previstas no contrato de privatização da RSC-287. Segundo o diretor de qualidade dos serviços da Agergs, Ricardo Pereira da Silva, os pontos da estrada que apresentam as piores condições ficam na região central do Estado, onde o Vale do Rio Pardo está inserido.
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Segundo o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Renato Bortoletti, as intervenções iniciaram-se nos locais considerados mais críticos, que já apresentavam defeitos ou baixa capacidade de suporte ao tráfego. O processo de reparação, nesse caso, é mais demorado, pois começa na fundação. “Em cada um dos trechos trabalhados é necessária a interrupção parcial da via. Faremos isso a cada 500 metros, com expectativa de dez dias de trabalho em cada, assegurando uma boa execução e, por consequência, uma durabilidade futura de acordo com as expectativas do projeto”, explica.
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A reportagem da Gazeta do Sul percorreu cerca de 70 quilômetros da estrada entre os municípios de Vale do Sol e Venâncio Aires na manhã dessa quinta-feira, 16, para conferir quais os pontos que necessitam de maiores cuidados por parte dos motoristas no caminho de quem sai ou chega a Santa Cruz do Sul.
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Para quem trafega no sentido Venâncio/Santa Cruz, no quilômetro 68 começam a aparecer os divisores de pista. Eles controlam o tráfego para o sistema pare e siga adotado pela empresa, onde a via fica em meia pista para a passagem dos veículos enquanto a outra faixa da estrada recebe os reparos. O tempo de espera médio que a reportagem da Gazeta enfrentou foi de cinco minutos, nos três pontos que encontrou no caminho percorrido. Nesse intervalo, houve formação de fila e momentos de lentidão.
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A intervenção de maior abrangência está sendo executada entre os quilômetros 70 e 72 da rodovia, na região de Venâncio Aires, onde o asfalto recebe uma nova base para suportar o fluxo pesado de veículos. “O processo de reparação, neste caso, é mais demorado, pois inicia na fundação”, explica Renato Bortoletti.
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“Interrupções são bem-vindas se derem resultados”
Para profissionais do volante, as paradas sobre o asfalto em virtude dos reparos acabam atrasando o ritmo dos seus trabalhos. Mas há quem entenda que isso é necessário.
É o caso do caminhoneiro Fernando Reck, de 38 anos. Ele admite não se importar em perder alguns minutos de viagem, se o resultado final for positivo. Ao lado de seu caminhão Scania, em um posto de combustíveis na beira da rodovia, em Venâncio Aires, ele comenta que não existem muitos buracos no percurso entre Venâncio e Santa Cruz, mas as imperfeições da via atrapalham.
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“A rodovia em si não está ruim, mas as ondulações precisam ser arrumadas, já que pagamos pedágio. Nas ondulações, o caminhão sente os impactos às vezes até mais do que os carros. Se as obras derem retorno, não há problema algum em enfrentar alguns minutos parado”, apontou.
Próximo a Vale do Sol, o caminhoneiro Diogo Jung, de 38 anos, frisou que na área de Santa Maria a situação está pior do que na região de Santa Cruz. Com diversos pontos em obras interrompendo uma das mãos da via, o motorista lamentou o tempo perdido.
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“De Agudo até Taquari são umas quatro obras na viagem, parando entre dez a 15 minutos. Me atrasa cerca de uma hora no trabalho. Eu faço uma viagem que dura entre três e quatro horas, agora estou fazendo em cinco horas. Quarta-feira fiquei quase meia hora parado numa obra, isso afeta bastante”, reclamou.
A empresa Rota de Santa Maria utiliza o site https://www.rotadesantamaria.com.br/ e a página do Twitter @rotadesm para alertar sobre as condições do tráfego na RSC-287. O número de telefone 0800 1000 287 também pode ser acionado para informações sobre a rodovia na concessão da empresa, entre Tabaí e Santa Maria.
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