O Internacional venceu o Metropolitanos por 1 a 0 com um gol nos acréscimos marcado por Alemão e chegou a quatro pontos no grupo B da Copa Libertadores. O técnico Mano Menezes aproveitou-se dos números para defender o desempenho colorado. Na visão dele, a demora a estufar as redes complicou o jogo. Se abrisse o placar no começo da partida, Mano entende que o resultado seria mais tranquilo.
“Para falar de desempenho temos que colocar os números. O Inter teve aproximadamente 68% de posse, o que diz que dominamos. Tivemos 24 conclusões contra 3 e 14 escanteios contra nenhum. Provavelmente, se fizéssemos o gol cedo, seria 4 a 0. Mas demoramos. Bola bateu no travessão, no poste, cria uma dramaticidade grande para um jogo que não era para ter essa dramaticidade. Mas acontece”, destacou.
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O treinador ainda valorizou o resultado conquistado na busca pela superação do momento de instabilidade vivido na temporada. Para ele, o triunfo no Beira-Rio pode significar a virada de chave que a equipe precisava. “Tenho de elogiar a postura da equipe em termos de equilíbrio. Não cedemos nenhum contra-ataque para o adversário. Atacamos 45 minutos mais os acréscimos, até sermos premiados pelo mérito de buscar a vitória até o último minuto. Esse gol é aquele capaz de virar a chave que estávamos tentando virar, como tivemos em alguns jogos que deixamos a vitória escapar mesmo jogando bem”, sublinhou.
Para alcançar a vitória, Mano Menezes mais uma vez acabou modificando a formação inicial, especialmente com a entrada do lateral Thauan Lara e a adoção de uma linha defensiva com três marcadores. Ele explicou a alternativa, que também foi utilizada diante do CSA, na Copa do Brasil. “É uma linha de três, com dois zagueiros e um lateral. Com o Pedro (Henrique) pela ala direita, com a sustentação do Vitão. Lara fica aberto na esquerda e o atacante fica mais por dentro. Foi o que o Wanderson fez, depois o Lucca. Com isso ganhamos força e passagem nos dois lados. É uma alternativa para resolver os problemas momentâneos, como a ausência do Bustos”, explicou.
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O treinador voltou a admitir a queda no desempenho em comparação com 2022, mas mostrou confiança na retomada do bom futebol. “Esse ano temos sido bastante criticados, mas nós estamos entre as equipes que menos perderam. Não conquistamos o Gauchão. Só um ia ganhar. Ficamos felizes com isso? Não ficamos. Queríamos ter vencido, mas o fato de não vencer não pode destruir tudo o que vem sendo feito. A gente acredita no trabalho sério. Fazer o certo aumenta muito a chance de as coisas darem certo. Hoje, amanhã ou depois de amanhã”, concluiu.
De Pena projeta evolução e Alemão destaca volume ofensivo
O uruguaio Carlos de Pena entrou no segundo tempo e deu fluidez ao meio-campo. Para ele, a equipe está voltando a adquirir confiança para chegar ao alto nível esperado.
“São fases que todos os times vivem. Estou tranquilo, pois vejo todos os dias meus companheiros trabalharem. É questão de tempo para a gente conseguir pegar a confiança plena e ter uma sequência de vitórias. Neste sentido, o 1 a 0 foi tão importante quanto se tivesse vencido por 5 a 0”, disse.
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O uruguaio afirmou estar à disposição do treinador para exercer funções mais defensivas, embora isso impeça ele de chegar ao ataque com frequência. “Ano passado jogávamos com três no meio. Um volante mais defensivo, um pela direita e um pela esquerda. Eu era da esquerda, que tinha liberdade para chegar no ataque. Hoje jogamos com dois volantes. Então, muitas vezes tenho que fazer uma função mais defensiva. É o que o treinador precisa. Tento sempre fazer o melhor para ajudar aqui. Mas, claro, quando tenho liberdade, consigo chegar ao ataque e fazer jogadas ofensivas”, comentou.
Alexandre Alemão marcou o gol colorado aos 47 minutos do segundo tempo. Para o centroavante, o placar poderia ser mais elástico pelo volume ofensivo produzido. “A nossa equipe se portou muito bem e teve muito volume. Conseguimos ganhar com a vantagem mínima, mas o resultado foi merecido. Pelo que criamos, poderia ser muito mais”, frisou. “Fico agradecido pelo meu gol, e agora somos líderes do grupo. Então, feliz pelo trabalho. Tem dia que a bola teima um pouco em entrar, hoje se resume a isso. Mas temos jogadores experientes que sabem bem lidar com essa pressão”, complementou.
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