Após a derrota do Internacional por 2 a 1 para o Fluminense no domingo, 16, no Maracanã, pela 3ª rodada do Brasileirão, o técnico Eduardo Coudet demonstrou incômodo com determinadas perguntas dos repórteres. Segundo ele, “o Inter não é o Manchester City”, fazendo a comparação pela questão financeira e diversidade no plantel.
“Sempre tem problema com a escalação. O grupo é muito curto, essa é a verdade. É muito difícil para mim, se vocês não acompanham esse trabalho. O Inter não é o Manchester City, não tem uma quantidade grande de jogadores. Obviamente, queremos ganhar, minha intenção é ser protagonista e a dos jogadores também. Vamos trabalhar, eu creio que podemos dar mais, jogar melhor. O Brasileirão é muito complicado. Ganhamos os dois primeiros jogos. Hoje (domingo), poderíamos ter levado até um ponto. Todos vão jogar, o grupo é curto, mas tem vontade”, destacou.
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Também falou sobre a utilização de atletas da base. Eu acho que sempre a pergunta que vocês falam é cobrando. Se eu boto o Fuchs, tem problema porque botei Fuchs e falam do Moledo. Mas depois, acha que tem que jogar os jogadores da base. Agora, jogou o Zé Gabriel. Eu acho que fez uma partida muito importante. Quando eu cheguei aqui, já disse: entendo todos os problemas financeiros. Mas também acho que é responsabilidade da diretoria e da comissão técnica. Entrou desde que começamos, US$ 14 milhões. É um trabalho de todos. Tratamos de fazer o melhor. Mas seguramente sempre escuto a pergunta difícil. Me pedem jogadores que nem estrearam. Não compreendo”, disse.
Coudet também aproveitou para negar que tenha cobrado a diretoria na entrevista coletiva após a vitória sobre o Santos, na última quinta-feira. Na ocasião, ele afirmou que “dirigiria um super Inter”, mas algumas coisas mudaram na vida financeira do clube. Eu não me esquivo da responsabilidade. Convivo há 25 anos com a pressão. Vamos trabalhando, melhorando aos poucos. Não estou incomodado, depois sai na imprensa que eu estou cobrando a direção, mas eu estou bem com a direção. Estamos fazendo as coisas juntos. Não estou cobrando nada, sei a realidade do clube. A direção nunca me mentiu. Acho que o time está bem. Temos dois jogos em casa e tomara que possamos ganhar os seis pontos. Sinto-me cômodo”, reforçou.
O executivo Rodrigo Caetano afirmou que o orçamento do Inter mudou após a pandemia do coronavírus. E ressaltou que o treinador está satisfeito com o elenco e não há qualquer ruído na relação entre técnico e diretoria. “Futebol não vive de promessa. Nosso orçamento era um. Se tornou outro. E não sou eu, o treinador. Temos que entender que é um momento diferente. Os impactos estão na humanidade. Não é só saúde, é economia. Ele disse mais de uma vez que está satisfeito com o elenco. E nós vamos trabalhar para resolver as nossas preocupações, mas também dar o devido tamanho. Não elevar a euforia, como foi contra o Santos, e nem dar terra arrasada como hoje”, declarou.
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Após a derrota, o Inter perdeu uma posição na tabela e está na terceira colocação no Brasileirão, com seis pontos. A equipe volta a campo na próxima quarta-feira, 19, às 20h30, para enfrentar o Atlético-GO no Beira-Rio, pela 4ª rodada.
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