O prédio da Estação Férrea de Rio Pardo, junto à Praça da Ponte, recebeu nessa terça-feira, 2, a visita da arquiteta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Danielle Faccin. A avaliação do local foi acompanhada vice-prefeita de Rio Pardo e prefeita em exercício, Rosane Rocha, e pela secretária interina de Turismo e Cultura, Aida Ferreira.
O objetivo da visita foi realizar uma vistoria no prédio, que foi atingido por um incêndio em abril deste ano. Segundo a arquiteta, mesmo que a Estação não seja um bem tombado, é considerada de valor histórico e, por este motivo, necessita cuidados especiais de conservação. “É atribuição do Instituto zelar pela guarda e manutenção bens móveis e imóveis oriundos da antiga Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA) através do Departamento de Bens Ferroviários do Iphan”, explicou.
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Durante a visita foram feitos registros fotográficos do resultado do incêndio, assim como realizado um prognóstico superficial das necessidades para uma intervenção a curto prazo, com o objetivo de evitar a continuidade da deterioração.
Segundo a prefeita em exercício, Rosane Rocha, em 2005 foi realizada a recuperação do prédio, desativado desde 1996, quando os trens de passageiros pararam de funcionar. Na época, a América Latina Logística (ALL), concessionária da rede ferroviária, investiu R$ 72,8 mil, com contrapartida de R$ 3,2 mil da Prefeitura.
Em 2009, o local passou por uma nova melhoria e a ação deu início às atividades da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura no local, que atuou ali até 2014. “O município não possui a cedência do prédio da estação, por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) desde 2016”, esclareceu a prefeita.
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Sem ocupação desde então, a Estação estava abandonada e sofrendo com ações de vandalismo, que resultaram no incêndio que destruiu boa parte do patrimônio da história de Rio Pardo.
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Apesar do estrago ter sido em uma proporção preocupante, Danielle Faccin esclareceu que é possível realizar a recuperação do prédio aos moldes originais, já que a base de alvenaria não apresentou comprometimento estrutural.
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Contudo, a prefeita e a secretária informaram que a Prefeitura só poderá realizar qualquer obra no local a partir da cedência do imóvel pela União, através do Dnit, ao município. “Temos interesse na conservação do local e receber esta cedência seria um grande presente para toda comunidade, que teria de volta parte de sua rica cultura”, declarou Aida.
A secretária ainda relembrou o início da tradição dos Sonhos de Rio Pardo, comercializados na Estação e levados pelos passageiros aos confins do Rio Grande do Sul, tornando a iguaria gastronômica um dos patrimônios mais queridos do povo rio-pardense.
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