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Educação no campo

Instituto Crescer Legal vira referência a outros países

Santa Cruz do Sul recebeu nessa quinta-feira, 23, representantes de oito países que vieram conhecer as ações do Instituto Crescer Legal. A delegação, composta por integrantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério do Trabalho e por inspetores do trabalho, visitou pela manhã os jovens participantes da última turma do piloto do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, no distrito de Boa Vista. Depois, no espaço do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) no Parque da Oktoberfest, recebeu mais informações sobre as atividades do instituto – que nasceu em 2015 – e os resultados já obtidos.

Em Boa Vista, os integrantes da delegação conversaram com os participantes do programa e consideraram a ação muito interessante. Conforme a coordenadora do Programa de Cooperação Sul-Sul Brasil-OIT, Fernanda Barreto Ribeiro, o grupo ficou impressionado com o projeto, porque “o programa de aprendizagem rural é muito inovador no Brasil”, até porque aprendizagem no meio rural é mais difícil do que na área urbana. “Ficamos impressionados com o interesse dos jovens em se manterem na propriedade, pois a sucessão rural é um grande problema no Brasil”, observa. 

Fernanda destacou ainda o fato de o instituto ter conseguido criar uma forma de fazer aprendizagem de maneira protegida, com os participantes aprendendo a lidar com todas as questões da gestão da propriedade rural. Os representantes do Brasil, Paraguai, Peru, Moçambique, Mali, Tanzânia, Jamaica e Myanmar, alguns deles especialistas em trabalho infantil ou segurança do trabalho, estão no Rio Grande do Sul desde o último dia 19. A vinda da delegação ao Estado faz parte de um projeto de promoção do trabalho decente na cadeia produtiva do algodão, do Programa de Cooperação Sul-Sul Brasil-OIT. 

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Na parte da manhã, delegação conheceu programa em Boa Vista | Foto: Junio Nunes / Divulgação

Os integrantes da delegação vieram conhecer as atividades de inspeção do trabalho no Brasil, com foco na eliminação do trabalho infantil, saúde e segurança do trabalho, e na aprendizagem. Eles recebem informações teóricas e também vão a campo para conhecer experiências de aprendizagem como estratégias no combate ao trabalho infantil.  Quando retornarem a seus locais de origem, atuarão, junto com a OIT, na adaptação das experiências conhecidas para seus países. O programa do Crescer Legal, por exemplo, pode ser adaptado às necessidades da área de produção de algodão ou outras. 

A visita ao Crescer Legal foi sugerida pela auditora fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado, Denise Brambilla Gonzalez, coordenadora do Fórum Gaúcho de Aprendizagem. Para o presidente do instituto, Iro Schünke, essa visita demonstra que o órgão lançou um programa que não só está chamando a atenção, mas também é exitoso. 

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A coordenadora da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho,  Marinalva Dantas, diz que certamente o programa do Instituto Crescer Legal servirá de exemplo para outros setores do Brasil e para pelo menos os outros sete países representados na delegação. 

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