Regional

Instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas irão reforçar abastecimento em Sinimbu

Representantes do município de Sinimbu realizaram na última quinta-feira, 9, uma reunião para atualizar o estágio em que se encontra o processo de implantação das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ao longo do leito do Rio Pardo. No encontro, o Departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento do Estado (DRHS) informou que o usuário Três Fronteiras Geração de Energia, que é a empresa responsável pela construção das PCHs, possui Portaria de Reserva de Disponibilidade Hídrica emitida, o que autoriza o projeto. Agora, o próximo passo é a emissão da licença ambiental junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) por parte da empresa.

O projeto de construção das PCHs está a cargo da empresa Três Fronteiras. No total, serão oito obras ao longo do Rio Pardo, em um trecho de 55 quilômetros que passa pelos municípios de Barros Cassal, Lagoão, Gramado Xavier, Herveiras, Passa Sete e Sinimbu. Cada uma das centrais poderá ter até sete megawatts de potência instalada.

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A intenção da empresa é de que, juntas, as PCHs tenham cerca de 40 megawatts, que reforçariam o sistema de energia de toda a região. Para se ter uma ideia, a potência seria suficiente para abastecer um município do porte de Santa Cruz do Sul. Das oito PCHs, três estarão em território sinimbuense ou parte dele, nas localidades de Linha Pinhal, Barra de Ferro e Linha Carvalho.

A reunião de quinta-feira teve a participação da prefeita de Sinimbu, Sandra Backes; da presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, Valéria Borges Vaz; do secretário de Administração, Finanças e Planejamento, Carlos Backes Filho; do vereador Roque Folmer e do diretor do DRHS, Luciano Cardone. “Sinimbu segue atento aos trâmites de instalação tendo em vista os benefícios que as PCHs trarão no quesito geração de energia e retorno de impostos ao Município”, destaca a prefeita Sandra Backes.

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A construção almejada em Rio Pequeno é viável

Outro assunto abordado no encontro foi a possível construção de uma barragem em Alto Rio Pequeno. Segundo a presidente do Comitê Pardo e coordenadora do Núcleo de Gestão Pública da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Valéria Borges Vaz, a reunião visou buscar esclarecimentos e orientações técnicas junto ao DRHS da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura e junto à Secretaria de Obras e Habitação sobre os passos para que o projeto da barragem seja realizado. “São várias etapas, e a primeira é a elaboração do projeto executivo. O que temos hoje no Plano da Bacia Hidrográfica é o anteprojeto, que serve de referência para o projeto”, explica.

Ainda de acordo com a profissional, a principal finalidade da barragem é reservar água para usos múltiplos. Contudo, além dessa função, a represa pode auxiliar na regularização da vazão do Rio Pardinho, contribuir para melhoria da qualidade da água devido ao aumento da diluição de esgotos e reduzir os picos de cheias no Baixo Pardinho. O projeto beneficia os municípios de Sinimbu, Santa Cruz do Sul e Vera Cruz.

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Durante a reunião, foi informado que a construção é viável, mas precisa estar listada nas prioridades do Estado. “Considerando que o enfrentamento à estiagem está no plano de governo do Estado, temos que mostrar a importância e o impacto que essa obra representa para o desenvolvimento da nossa região”, acrescenta. O Comitê Pardo é o órgão gestor da bacia e tem função deliberativa e de mobilização social. “Temos como meta apoiar os municípios e os usuários para buscar a segurança hídrica para garantir o abastecimento e demais usos dos recursos hídricos, tendo o plano de bacia como referência. E essa barragem é a primeira prioridade do plano.”

Valéria relembra que a estimativa dos prejuízos com a estiagem no verão passado foi de R$ 280 milhões na região. “Para a construção de uma barragem dessa natureza, estima-se em torno de 20% desse valor. Se unirmos as nossas forças, todos podem ser beneficiados.”

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