Centro-Serra

Inspetoria de Defesa Agropecuária esclarece e alerta sobre gripe aviária

O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres. A portaria, assinada pelo ministro Carlos Fávaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta segunda-feira, 22 de maio, e tem validade de 180 dias. 

A medida, de acordo com a pasta, tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana. Ainda segundo o Ministério, a declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais. 

Com registros de gripe aviária em aves silvestres confirmados no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, intensificaram-se as ações de vigilância também no Rio Grande do Sul, que segue sem casos confirmados da doença, mas ampliando as atividades de educação e comunicação de risco. Em 2023, no estado, dos 73 atendimentos de suspeitas notificadas, 15 eram fundamentadas (quando há recolhimento de amostras para testagem no laboratório de referência para influenza aviária), porém todas com resultado negativo (dados até 16 de maio).

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Segundo o governo, não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial. 

A Influenza Aviária (H5N1) é causada pelo vírus da Influenza A, da família Orthomyxoviridae e gênero Alphainfluenzavirus, que são os únicos vírus influenza que afetam as aves naturalmente. É altamente contagiosa, afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres e, ocasionalmente, mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e o homem. As aves aquáticas são os maiores reservatórios do vírus. De acordo com o índice de patogenicidade, são classificados como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ou Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP).

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Entre os principais sintomas da Influenza nas aves estão dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular; espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e a alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres. Na ocorrência desses sintomas, é necessário entrar em contato imediatamente com a Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária do seu município. Em Sobradinho o telefone é o 3742-1367. A orientação é não tocar ou recolher aves doentes ou mortas.

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Conforme a Secretaria de Agricultura do Estado, entre outubro de 2022 e maio de 2023, focos da doença já foram confirmados em diferentes países da América do Norte, Central e do Sul, incluindo mais recentemente nesta lista o Brasil.

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Como o maior risco de ingresso da influenza aviária no estado é por meio de aves migratórias, a vigilância ativa da Seapi destacou equipes volantes para observação em pontos de pouso dessas aves, como a Reserva do Taim e a Lagoa do Peixe, e na fronteira com Argentina e Uruguai. 

O Rio Grande do Sul possui 239 mil estabelecimentos agropecuários, sendo o 3º maior exportador de ovos e também o 3º maior produtor de frango de corte do país, além de ser o maior exportador de carne de peru. A grande movimentação de exportação, especialmente da carne de frango, é distribuída para 130 países, gerando grandes cifras ao estado e tendo como principal destino a Arábia Saudita.

Cleiton e Laís da Inspetoria de Sobradinho

Conforme a médica veterinária Laís Anastácio Abreu e o técnico agrícola Cleiton Raddatz, da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Sobradinho, o trabalho de vigilância foi reforçado desde o fim do ano passado. Conforme ela, mesmo não sendo uma região de avicultura industrial/comercial, com a maior parte das propriedades tendo aves apenas para consumo próprio, é necessário atenção e cuidado. “Solicitamos que, em qualquer caso de mortalidade de aves, comuniquem a Inspetoria que iremos até o local avaliar, coletar e fazer os exames necessários. Não manipulem aves com sintomas da gripe ou mortas, justamente para evitar a transmissão”, salienta Laís.

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Nathana Redin

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Nathana Redin

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