Polícia

Áudio: inquérito que apura incêndio com 11 mortes em Carazinho pode levar até quatro meses pra ser concluído

A tragédia que chocou os gaúchos na noite desta quinta-feira, 23, pode levar um tempo maior do que o habitual para ser esclarecida. Conforme a titular da DP de Carazinho, delegada Rita Felber De Carli, que falou em entrevista para a Rádio Gazeta 107,9 (ouça abaixo na íntegra) o prazo para conclusão do inquérito que apura o que causou o incêndio que acabou com 11 mortos e quatro feridos no Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos de Carazinho (Cetrat), pode variar de três a quatro meses para ficar pronto.

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O tempo mais longo decorre da necessidade da realização de uma série de perícias e até mesmo laudos que comprovem a identificação das vítimas. “Um inquérito com essa gravidade não vamos conseguir concluir em 30 dias. Dependemos de laudos periciais que vão demorar em função da complexidade do caso. Estimamos de três a quatro meses para concluir tudo, para termos uma prova bem produzida, análise de todas as circunstâncias e tudo mais que envolve investigação dessa natureza”.

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Ainda de acordo com a delegada, a investigação já iniciou e começou com depoimento de um dos sobreviventes. A expectativa é de ouvir mais testemunhas. Outro trabalho envolve análise de documentos do Centro. “Instaurado inquérito a gente passa a ouvir mais testemunhas, o representante legal do estabelecimento, ver documentação, ver alvará de prevenção de incêndio. Buscamos checar todas as situações, de segurança, do acesso facilitado. Tudo isso vamos ver a partir de agora”.

Nenhuma hipótese descartada

O Instituto Geral de Perícias (IGP) trabalha desde a noite dessa quinta na coleta de materiais na cena do incêndio. O principal objetivo é comprovar a identificação das vítimas e achar provas do que teria causado o sinistro. “A perícia pode constatar se foi acidental, alguma questão elétrica. Tudo isso só com o resultado desse material que está sendo coletado.

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Até a conclusão dos laudos, nenhuma hipótese vai ser descartada. “Acho muito pouco provável o incêndio criminoso até pela circunstância do local, por ser uma instituição de recuperação de dependentes na qual as pessoas que estavam lá tinham liberdade pra sair e voltar, ter a sua horta, trabalharem. Nesse início de investigação não afastamos hipóteses nenhuma. A perícia vai nos auxiliar bastante.”

Exame de DNA

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Os corpos das vítimas que foram encontradas no dormitório irão passar por um processo de reconhecimento, em função do estado de carbonização. Algumas delas estão sem condições de reconhecimento pela arcada dentária, sendo necessário exame de DNA.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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