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Inovação sem horizonte

O mundo inteiro está despertando para uma nova realidade. A dualidade sempre existiu e ela é necessária para o contraste, mas esta mesma dualidade criou separação, fragmentação e individualismo em excesso.

Criamos um mundo insustentável, desequilibrado e pouco interessante. Sobrevivemos todos os dias agindo hipnotizados como robôs confinados em uma programação mental e presos aos cinco sentidos da vida.

É tempo de ruptura radical dos modelos econômico, político e religioso. A nova dimensão não comporta modelos antigos de vida. É preciso criar unidade, coletividade, conexão.

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A economia do futuro trará o colapso da economia atual, que vem ruindo diariamente a olhos vistos. Os modelos políticos do mundo estão falidos, trocamos os governantes e o circo continua o mesmo. As religiões nos aprisionaram grupos distintos com dogmas que nos encheram de medo e dúvida sobre e verdadeira razão da existência.

Vivemos um Brasil sem perspectivas. O crescimento não acontecerá este ano, a decolagem prometida já está com prazo vencido. Não haverá milagres. Temos que semear algo novo no presente para que haja uma melhor colheita nos próximos anos, e não somos bons neste assunto. Adoramos atalhos.

Um mundo paralelo já existe, composto de pessoas do bem, preocupadas com a ética e a sustentabilidade do planeta. Gente que se coloca a serviço do mundo, conecta empresas a desafios globais e entende que qualquer ganho é resultado de projetos com propósito de impacto social.

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No cenário corporativo, vemos inovações por todos os lados, mas a verdade é que nunca se observou um ambiente tão confuso como o de agora. Diretorias inábeis para olhar para o futuro de longo prazo e para tomar boas decisões no presente. Áreas de Recursos Humanos completamente perdidas em suas demandas, sem orçamento, sem direção e com pouca noção do que vem pela frente nos próximos anos.

A inovação enlatada chegou a seu ápice: mais do mesmo vem cansando o público e ninguém quer pagar o preço de olhar um horizonte mais distante.

Estamos construindo castelos de areia sem um projeto sólido que apoie a trilha do curto para o longo prazo. Poucos ou quase ninguém no Brasil conhece as metodologias globais de construção de futuros, e de show em show, a inovação vem se perdendo. A mudança precisa ser radical, não mais apenas uma resposta às mudanças do mercado. Faltam pessoas alfabetizadas e com coragem de antecipar o futuro disruptivo. A maioria quer mesmo manter o presente, arriscar o mínimo e continuar fazendo o que todo mundo faz: apostar nas formulas prontas de inovação ou apenas na tecnologia. Erro estratégico grave com colapso previsível a médio prazo.

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