Inicia-se nesta sexta-feira, 18, no Fórum de Santa Cruz do Sul a série de audiências de instrução marcadas para concluir um dos casos policiais de maior repercussão registrados no município em 2021. Trata-se de um processo criminal que tem como réu um empresário, na época dono de uma loja de celulares na Rua Tenente Coronel Brito, no Centro. Em outubro daquele ano, o homem, atualmente com 26 anos, chegou a ser preso duas vezes pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, acusado de receptação e organização criminosa.
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Além do dono da loja, outros quatro homens foram denunciados pelo Ministério Público (MP) no processo. Todos tiveram seus nomes mantidos em sigilo pelas autoridades. As três audiências marcadas, que ocorrerão nesta sexta, segunda e terça-feira, vão ser presididas pelo juiz Assis Leandro Machado, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz do Sul.
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O promotor Flávio Eduardo de Lima Passos representa o MP no caso. O crime começou a ser investigado a partir de um roubo com proporções cinematográficas ocorrido no Bairro Arroio da Manteiga, em São Leopoldo, na madrugada de 24 de setembro de 2021. Na data, oito homens fortemente armados com fuzis calibre 556 e espingardas calibre 12, usando roupas falsas da Polícia Civil e capuzes, invadiram o depósito de uma empresa que faz a distribuição de eletrônicos para todo o Vale do Sinos e Região Metropolitana.
Os assaltantes dominaram os funcionários com violência e recolheram grande quantidade de eletrônicos, enchendo a traseira de dois veículos, um Volkswagen Tiguan e um Hyundai HB20, e também de um furgão Fiat Strada roubado da própria empresa atacada. As vítimas foram trancadas em um caminhão-baú, enquanto os ladrões levavam os objetos. Conforme a investigação, descobriu-se que o empresário santa-cruzense teria feito a receptação de parte desses aparelhos roubados.
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O caso gerou repercussão nacional a partir da chamada Operação Easy, deflagrada em Santa Cruz no dia 25 de outubro de 2021, quando houve a apreensão de 34 aparelhos na loja do empresário. Ele foi preso em flagrante por receptação qualificada, com a qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – elencada pelo fato de ter adquirido produtos com origem de crime no exercício de atividade comercial. Os valores dos celulares giravam entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil.
Já no dia seguinte, 26, ele foi liberado da prisão, a partir de um alvará de soltura assinado pelo juiz Assis Leandro Machado. Contudo, no dia 28 de outubro, voltou a ser preso em Santa Cruz, em desdobramento da investigação, quando policiais civis encontraram outros 60 celulares, 14 televisores e monitores e 11 notebooks em um depósito secreto que o empresário mantinha em um imóvel localizado no Bairro Bom Jesus. Um dia depois, ele novamente foi solto para responder pelo crime em liberdade.
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“Ao avançarmos na investigação, descobrimos que ele mesmo procurou os criminosos autores do roubo e pagou R$ 250 mil pela carga. A análise de mídias apreendidas na posse do capturado, autorizadas judicialmente, indicou que o preso sabia do que se tratava na hora em que o negócio foi fechado”, afirmou o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior na época dos fatos.
O titular da Draco de São Leopoldo será uma das testemunhas a depor durante a série de audiências. Procurado, o advogado Roberto Weiss Kist, da Agostini Kist Böhm & Kist (AKBK) Advogados, que faz a defesa do empresário acusado, afirmou que prefere se manifestar apenas nos autos do processo.
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