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Safra 2019/20

Inicia segunda rodada de negociação do preço do tabaco entre produtores e indústria

Primeiras reuniões para definir a tabela ocorreram em 10 de dezembro de 2019, mas sem consenso entre entidades e empresas

Produtores de tabaco e indústria realizam nesta sexta-feira, 24, a segunda rodada para definir a tabela de preços da safra de tabaco 2019/20. As reuniões individuais acontecem na matriz da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul, e integram as empresas Souza Cruz, Japan Tobacco International (JTI), Philip Morris, Universal Leaf, Alliance One, China Brasil Tabacos e Continental Tobaccos Alliance (CTA). Os primeiros encontros aconteceram no dia 10 de dezembro, mas terminaram sem consenso.

O presidente da Afubra, Benício Werner, ressalta que os resultados da primeira rodada foram insatisfatórios. “A expectativa era de acordo, o que não ocorreu com nenhuma empresa.”Agora, segundo ele, a comissão que representa os fumicultores espera que as companhias apresentem propostas de reajuste “que remunerem dignamente os produtores”. O principal impasse diz respeito à valorização da mão de obra, que tem 56% na participação total do custo de produção.

Até o momento, o volume comercializado na safra gira em torno de 3%. Enquanto isso, as famílias produtoras ainda se dedicam à colheita. O índice colhido varia de acordo com os microclimas, chegando a 100% no litoral catarinense. Na região baixa do Vale do Rio Pardo, segundo a Afubra, o volume chega a 80%. “Nessa mesma região, na parte alta ou serrana, estamos com 55% colhidos”, revela Werner. A estimativa é de que a colheita siga até 10 de março.

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Agenda

8h15 às 9h25: JTI
9h30 às 10h30: Souza Cruz
10h35 às 11h30: Philip Morris
11h35 às 12h20: CTA
13h30 às 14h25: China Brasil Tabacos
14h30 às 15h25: Alliance One
15h30 às 16h25: Universal Leaf
16h30 às 17h25: Premium Tabacos

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Percentuais

– Litoral catarinense: 100% do tabaco colhido
– Vale do Rio Pardo, região baixa: 80% do tabaco colhido
– Vale do Rio Pardo, região serrana: 55% do tabaco colhido
– Zona Sul do RS: 40% do tabaco colhido – Camaquã é exceção, com 72% do trabalho concluído
– Alto Vale do Itajaí (SC): 80% do tabaco colhido
– Planalto Norte de S. Catarina e Paraná: 50% do tabaco colhido
– Oeste catarinense: 95% do tabaco colhido

No mesmo período do ano passado, conforme a Afubra, todas as regiões estavam com aproximadamente a mesma proporção de tabaco colhido em relação à safra atual, com diferença de em torno de 5% a mais em 2020.

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Clima desafia os fumicultores

As condições climáticas adversas geram prejuízos para os produtores de tabaco gaúchos. A região produtora mais afetada é a central, onde as perdas são consideradas altas. Conforme o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner, primeiro foi o excesso de chuva que afetou as lavouras. Mais recentemente, os agricultores precisaram enfrentar a estiagem e o calor intenso. “Já nos estados de Santa Catarina e Paraná tivemos um clima favorável, boa produtividade e também tabaco de muito boa qualidade”, conta.

Em relação ao granizo, a entidade revela que foram 19.950 registros de lavouras afetadas na safra 2019/20, contra 20.660 no mesmo período do ano passado. A microrregião mais afetada é a de Imbituva e Irati, no Paraná, com 4.130 lavouras atingidas. Também no Paraná, Rio Negro soma prejuízos com granizo em 3,2 mil lavouras. Já na região de Santa Cruz do Sul, foram 3,1 mil comunicados de prejuízos até o momento.

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A comissão

A Comissão de Representação dos Produtores de Tabaco é composta por sete entidades do setor, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), as Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e as Federações dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep). Nessa quinta-feira, lideranças dessas entidades estiveram reunidas para deliberar como conduzir e negociar percentual de aumento com a indústria. As deliberações, no entanto, não foram antecipadas.

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