Informação também pode salvar

Só em raros momentos na história talvez os veículos de comunicação tenham sido tão colocados à prova, como nos últimos dias, em sua capacidade de acompanhar, em tempo real e integral, sem esmorecer, com a seriedade e a eficiência que deles se espera, os fatos e a sucessão de versões ou comunicados oriundos das mais diversas fontes. O tema dominante era de alta gravidade, por lidar com a saúde de cada um, e por afetar de forma radical a socioeconomia, não apenas numa região, mas em todas.

Era fundamental que a imprensa se preocupasse ao máximo em ver os variados pontos de vista, todos os lados, mesmo que por vezes logo motivassem manifestações contrárias. Reafirmou-se, a cada dia, a cada instante, o quanto as mídias convencionais, que tratam a informação e a busca de conteúdo como tarefa diária, seguem relevantes, e fundamentais para separar o joio, o falso, do trigo, o verídico e fundamental para se prevenir e precaver. E para recuperar, através de pesquisa e estudo, os parâmetros anteriores, ativando a memória coletiva, algo essencial no jornalismo.

Não por acaso, como levantou o jornalista Rodrigo Nascimento, para reportagem publicada na edição deste fim de semana da Gazeta do Sul, há pouco mais de 100 anos, em 1918 e 1919, Santa Cruz do Sul, bem como o mundo todo, já havia enfrentado ameaça à saúde tão (ou até mais) perigosa quanto a da Covid-19. Foi a chamada gripe espanhola. A pergunta que nos movia era: como, naquele momento, enquanto o Brasil registrou cerca de 35 mil mortes, na cidade a epidemia praticamente não custou vidas? Rodrigo frequentou arquivos, consultou instituições de saúde e ouviu especialistas. Eis que entre as providências mais elogiadas de então estavam a quarentena e… o compartilhamento de informação rápida e confiável aos moradores.

E como, mesmo em meio ao cenário de inquietação, há sempre algo a aprender e a curtir, nesta edição elaboramos conteúdo que permite refletir sobre o lado bom de estar em casa, em família. No Magazine, o entrevistado é ninguém menos do que o cantor José Augusto, um dos mais populares artistas brasileiros. Na contracapa do suplemento, uma estreia: o jornalista Ricardo Düren passa assinar uma nova seção fixa, com seu peculiar estilo de crônica.

Em outro momento, o fato de as pessoas precisarem ficar em quarentena mexeu com a realidade nos templos religiosos. Nesse contexto, a Gazeta, por intermédio do Portal Gaz, tem registrado a cada final de semana milhões de visualizações. Isso nos motivou a estabelecer parceria com a Mitra Diocesana e a Comunidade Católica: missa a ser celebrada às 17 horas deste sábado, na Catedral São João Batista, sem público, terá transmissão ao vivo em vídeo no Portal Gaz, permitindo que católicos e demais cristãos possam, em seus lares, unir-se em sua fé, para se confortar nesse período. No domingo pela manhã, será a vez da transmissão de culto da Igreja Luterana, da IECLB.

Que todos tenham um bom final de semana. Com saúde e em paz.