O 52º Festival de Cinema de Gramado vai marcar a estreia do longa-metragem InfiniMundo. A produção, filmada no interior de Sinimbu e Santa Cruz do Sul, terá sua primeira exibição no Palácio dos Festivais.
Ele está entre os cinco longas-metragens gaúchos selecionados para a mostra competitiva Sedac/Iecine. Os diretores Bruno Martins e Diego Müller estarão presentes para um debate sobre a película com imprensa e críticos. “A expectativa é muito grande. Organizamos a finalização do filme para que ele estivesse pronto para o Festival de Gramado”, antecipou Müller à Gazeta do Sul. Segundo ele, o processo de conclusão ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e Portugal.
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Para o realizador, a presença da produção em Gramado é um momento importante. Há mais de duas décadas, ele e o irmão Pablo (que também atua na área) marcaram presença no evento com seus curtas e outros projetos. “Eu e o Pablo temos uma trajetória no festival desde 2001, quando trabalhamos no primeiro longa, Netto Perde sua Alma, como assistente de produção”, afirma.
Em primeira mão, Müller e o cineasta Diego Tafarel, da produtora Pé de Coelho, confirmaram à Gazeta do Sul que o filme será exibido na noite de encerramento do 7º Festival Santa Cruz de Cinema, em setembro, antes da premiação. É a oportunidade para conferir o trabalho gravado no interior do Vale do Rio Pardo, transformado na cidade fictícia chamada Bons Costumes.
Para o diretor, a película ganhou um novo significado após a catástrofe climática, que destruiu as locações de filmagem, especialmente em Linha Rio Grande, interior de Sinimbu. Na sua visão, a obra pode servir de estímulo para as comunidades afetadas a se reerguer após as enchentes. “O filme se transformou não só em um documento histórico, mas em símbolo de reconstrução. Os moradores de Sinimbu vão ver no filme como era o lugar e como ele pode voltar a ser”, pondera.
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Filmada no primeiro semestre de 2023, a produção mobilizou uma equipe de aproximadamente 80 pessoas, incluindo atores e técnicos. Durante as gravações, chamou a atenção de Müller o envolvimento dos moradores. “Acho que eles nunca tinham vivenciado uma experiência como essa, com uma grande quantidade de pessoas, caminhões, câmeras. Foi um evento transformador na vida delas,” afirma.
O cineasta enfatiza o papel da Santa Cruz Film Commission, fundamental para que as gravações ocorressem na região. Para ele, o município tem todos os atributos para fazer parte da indústria cinematográfica. “A administração pública e a Film Commission abraçaram o projeto e tornaram a cidade atraente para esse tipo de produção”, reitera. Depois do Festival de Gramado, Müller começa a trabalhar em seu próximo longa-metragem, Porongos. A obra irá retratar, na tela grande, a história do Lanceiro Negro Adão Caetano e sua participação na Revolução Farroupilha.
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Sinopse – Em uma cidade fabular, um jovem contador de histórias apaixona-se pela compositora da banda de música local. Na hora de declarar seu amor pela moça, a cidade é invadida por forasteiros e ele precisará utilizar de sua destreza e sabedoria para contornar a situação e vivenciar essa grande paixão.
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