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SAÚDE

Infectologista alerta: festas de fim de ano ainda exigem cuidados com a Covid-19

Foto: Pexels

Preocupação à vista. As festas de fim de ano estão se aproximando e, com elas, o risco de uma nova onda de Covid-19 não é descartada. Os médicos alertam para a importância de se manter a cautela nos encontros e comemorações. O médico infectologista e responsável pelo controle de infecção do Hospital Ana Nery, Eduardo Sonda, afirma que a pandemia ainda não acabou.

“Aqui na cidade nós já percebemos alguns casos, mas nada nos hospitais, nas emergências também não. Não ouvi relatos de superlotação por atendimento de pacientes com coronavírus. Mas a doença está circulando, é sinal de que está transmitindo. Por isso, é necessário manter os cuidados, quem não se vacinou é o momento de completar o esquema vacinal, para que possa estar protegido. É importante lembrar que, nos últimos dois anos, os picos da doença foram após as festas de fim de ano”, alertou.

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Nas últimas semanas, o número de casos de Covid-19 vem crescendo consideravelmente no país. A nova variante da Ômicron ainda não foi detectada em Santa Cruz do Sul, embora já circule no Estado. Para Eduardo Sonda, haverá aumento de casos daqui para frente, porém sem a gravidade verificada em relação a igual período do ano passado. “Não percebemos aumento na gravidade, e a expectativa em relação a essa subvariante que está circulando agora não é de um aumento de hospitalizações. O que é necessário lembrar é que a maioria da população ativa não tem problemas de saúde, mas pode carregar esse vírus para pais, avós, pessoas debilitadas – e essas sim, mesmo vacinadas, podem desenvolver doença grave e indo para o hospital”, analisou.

A ocupação de leitos hospitalares em decorrência da Covid-19 em Santa Cruz é zero. No entanto, é necessário ter cuidado, buscar atendimento rápido e manter atenção aos sintomas. “A Covid tem sintomas respiratórias como qualquer resfriado ou tipo de gripe, como a Influenza, são todas doenças respiratórias. Então, quando há qualquer sintoma respiratório, é necessário abrir o olho. Independente de ser Covid ou não, a recomendação é manter o bom hábito de usar máscara, evitar contato, manter ambientes arejados, procurar serviço médico, fazer teste, para fazer diagnóstico e cumprir o isolamento de maneira correta”, orientou.

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Eduardo Sonda ressalta o protagonismo da vacinação no bloqueio de mortes e casos de Covid-19. “A vacina se mostrou muito segura. No início, teve aquele caos da pandemia, não tinha leito para ninguém, UTI sempre lotada, gente jovem morrendo. Foi nítido que quando começou a vacinação de pessoas acima de 80 anos, não internava mais pessoas de mais de 80 anos; aí baixou para 60, não internava mais desse público. Chegou lá no final, quando faltava somente as pessoas de 20, 30 anos, as pessoas mais velhas não agravavam mais o quadro. Foi nítido que foi após a vacinação”, relatou.

Por isso, Sonda pede que a população conclua o esquema vacinal. “Se a gente não se vacinar, casos graves vão voltar a aumentar, vai aumentar o número de hospitalizações. Então, sempre que tiver campanha do Ministério da Saúde, é necessário participar. Caso contrário, vai estar exposto à doença e ela vai poder causar pneumonia, levando pessoas a óbito”, pontuou. O infectologista disse, ainda, que não descarta o retorno obrigatório do uso de máscaras. “Vai muito da realidade local. Se houver aumento no número de hospitalizações, o Poder Público pode retomar o uso em ambientes fechados, transporte público”, comentou.

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O uso de máscaras de proteção facial já voltou a ser obrigatório em aviões, aeroportos, meios de transporte e outros estabelecimentos localizados na área dos terminais a partir desta sexta-feira, 25. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início desta semana, visando reduzir o risco de contágio de Covid-19, diante do aumento expressivo de casos da doença nas últimas semanas.

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