Com o objetivo de evitar inconvenientes registrados na safra passada, as empresas fumageiras antecipam-se e algumas já devem começar a compra do tabaco na próxima semana. Dessa forma, garantem a matéria-prima.
Essa procura, antes do período que seria considerado normal, em dezembro ou janeiro, faz com que os pagamentos fujam da tabela, podendo ficar acima ou abaixo do que for definido. Eventuais diferenças a menos para o produtor serão compensadas pelas empresas no próximo ano – o que não ocorre quando a negociação é feita com atravessadores.
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A Japan Tobacco International (JTI) adianta que vai manter a compra como no ano passado, entre 6 e 22 de dezembro, retornando em janeiro. A empresa fará a contratação dos safreiros no ritmo das atividades operacionais, com o início dos processos. Os candidatos devem retirar ficha de cadastro de acordo com o local de sua residência. Moradores de Santa Cruz do Sul, na portaria da JTI, na Rua Frederico Guilherme Düren; de Vera Cruz e Rio Pardo, nos escritórios do Sistema Nacional de Emprego (Sine) dos municípios; e Sinimbu, na Prefeitura. A contratação é feita pela HB, empresa parceira, que faz triagem e agenda entrevistas.
A programação da Associated Tobacco Company Brasil (ATC) também inclui duas semanas de dezembro para início da compra. Nesse período, cerca de 20 safreiros devem ser contratados. Depois, a partir do começo de janeiro, ampliam-se a matéria-prima e a quantidade de profissionais, chegando a 120. O presidente da empresa, Lauro Goerck, entende que eventual antecipação do processo pode se justificar pelo desempenho dos últimos anos. “Cada safra tem sua história”, frisa.
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Ele conta que na de 2020 houve algum estresse e acabou sobrando fumo na lavoura. Na temporada seguinte – acredita que pelo aumento do consumo com a pandemia –, acabou gerando a sensação de falta no final do período, o que resultou em uma corrida pelo produto e pagamento de valores mais altos.
“Acredito que a safra 2022, que já vai iniciar em seguida, deve começar mais retraída, porque na última, quem não tinha lamentou no final. Penso que o produtor tende a esperar um pouco mais para ver o que acontece”, projeta. Ele entende, porém, que isso não é a garantia de que haverá suplementação de valores. “Não sei se as empresas, em especial as maiores, estão preparadas para essa negociação”, acrescenta.
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Araranguá, em Santa Catarina, é a cidade que marca o início da comercialização da Alliance One e China Brasil Tabacos, na próxima terça-feira, 16. Em Venâncio Aires, será no dia 22 de novembro. As demais unidades farão compras ao longo de dezembro, exceto a de Pinhalzinho (SC), que opera somente com a variedade Burley. Esta se iniciará em janeiro. De acordo com a assessoria, a antecipação acompanha o cenário atual do mercado e o adiantamento do ciclo produtivo, além da viabilização de receita aos produtores para o período de final de ano.
A expectativa de valores da Alliance One e China Brasil é de que seja confirmado aumento para a safra 2022. “No entanto, ainda não foram realizadas as reuniões para discussão sobre o custo de produção”, reforça a assessoria. Conforme a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), até o fim desta semana deve ser definida uma posição sobre as datas desses encontros.
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