O Índice de Desempenho Industrial do Estado (IDI-RS) caiu 1,0% na passagem de abril para maio, com ajuste sazonal. A atividade do setor fabril gaúcho registrou a sexta retração em sete meses. O resultado negativo foi influenciado principalmente pelos recuos no faturamento real (-5,4%) e nas compras de insumos e matérias-primas (-3,6%). “A crise na indústria tem se intensificado ao longo do ano e a queda na compra de matérias-primas é um indicativo da persistência desse cenário para os próximos meses”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.
A prolongada dificuldade econômica e a falta de perspectiva de retomada seguem repercutindo no emprego (-0,4%), que desacelerou pela nona vez nos últimos dez meses. A massa salarial ficou estável (0,1%) e apenas as horas trabalhadas na produção avançaram (1,5%), recuperando parcialmente as perdas anteriores. Quando maio é comparado com igual mês do ano passado, o IDI-RS apresenta uma redução bem mais intensa (-11,8%), a 15ª seguida.
O cenário de queda também foi registrado entre os primeiros cinco meses do ano (-8,9%), ante o mesmo período de 2014. Todos componentes caíram, com destaque para o faturamento real (-11,8%), as compras industriais (-16,9%) e as horas trabalhadas na produção (-9,0%). O cenário impôs um forte ajuste no mercado de trabalho: emprego (-5,2%) e massa salarial (-5,3%). Além disso, os desempenhos negativos se espalharam por 15 dos 17 setores pesquisados. Os mais atingidos foram veículos automotores (-24,1%), máquinas e equipamentos (-14%) e Couros e calçados (-6,1%). Tiveram crescimento apenas equipamentos de informática e produtos eletrônicos (2,7%) e alimentos (1,8%).
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