A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) projetam que o volume de contratações de trabalhadores sazonais para o processamento do tabaco será maior a partir do próximo mês. O atraso na finalização da colheita, provocado pela estiagem – especialmente no Rio Grande do Sul –, resultou nessa desaceleração inicial nos meses de janeiro e fevereiro. A expectativa das entidades que representam o fumicultor é de um crescimento de 8% no saldo de novos contratos para o período.
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Por causa da dificuldade do manuseio do tabaco no período da colheita – compreendido entre o fim de 2022 e o início de 2023 – em razão da estiagem na lavoura, a aceleração no volume de contratações de safreiros deve ocorrer durante março. A expectativa é confirmada pelo presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Fentifumo), Gualter Baptista Júnior. “Por conta dessa situação, a representação dos trabalhadores acredita que daqui para a frente será registrado o maior volume de contratações de trabalhadores sazonais nas indústrias do tabaco”, projeta o dirigente, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa).
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Conforme o presidente da Fentifumo e do Stifa, a tendência é que até o fim de março pelo menos 80% da mão de obra necessária para a produção esteja contratada, colocando em pleno ritmo o processamento do tabaco nas linhas de produção. “Acreditamos que este efeito de retardamento nas contratações, ocasionado pela estiagem, esteja resolvido já no próximo mês, com um aumento significativo nas contratações de safreiros”, complementa Baptista.
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A previsão de crescimento na oferta de vagas acompanha a projeção de aumento na produção de tabaco divulgada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) em novembro do ano passado. Segundo a entidade, o volume deve chegar a 604.732 toneladas nos três estados do Sul do Brasil, o equivalente a 7,95% a mais que no ciclo anterior.
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Segundo Gualter Baptista Júnior, o sentimento positivo do início da colheita mantém-se, e deverá ter reflexos no desempenho das contratações. “Continuamos otimistas com essas projeções. Mesmo os impactos de mais uma estiagem no Rio Grande do Sul, castigando a produção no momento da colheita e do manejo do tabaco, e as perdas com temporais em Santa Catarina e no Paraná não devem impactar de forma significativa”, explica.
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Para o dirigente, na comparação com a safra 2021/2022, as entidades que representam o trabalhador – Stifa e Fentifumo – seguem com a projeção positiva de crescimento no número de contratações de safreiros para o período, a partir do volume de tabaco produzido.
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“A safra atual está projetada para quase 605 mil toneladas de tabaco. Todo esse produto precisa ser processado e destinado à indústria de cigarros ou para exportação, e essa atividade passa pelas indústrias que contratam mão de obra sazonal nos três estados produtores de tabaco”, avalia o presidente da Fentifumo.
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