Regional

Indústria derruba mapa do emprego gaúcho; veja números da região

O Ministério do Trabalho divulgou, nessa quinta-feira, 31, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a julho. O saldo nacional é positivo, com 142.702 admissões a mais do que as demissões. No Rio Grande do Sul, no entanto, os dados são ruins. Houve o fechamento de 2.129 vagas, sendo o setor da indústria o maior responsável. Em Santa Cruz do Sul o segmento, como ocorre tradicionalmente no pós-safra do tabaco, também apresenta redução de postos: -1.394. O município, no entanto, continua com o segundo melhor acumulado do ano no Estado.

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No Vale do Rio Pardo, sete cidades avançaram na geração de vagas formais, com destaque para Vera Cruz, que abriu 237 e fechou 222 (saldo positivo de 15). O acumulado do ano, somando os primeiros sete meses, é 640. Assim como Santa Cruz, Venâncio Aires sofre os efeitos da indústria de transformação do tabaco. Encerrou 1.008 contratos a mais do que abriu. Continua, porém, entre os maiores empregadores do Rio Grande do Sul, ficando na sexta posição.

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O setor fumageiro representa a diminuição do número de vagas, mas não é o único com retração. Entre os segmentos, apenas a agropecuária ampliou as contratações, o que é ainda mais positivo se comparado com o mesmo período de 2022, quando registrou números negativos. Como gerador de trabalho, porém, a indústria continua em segundo, atrás apenas dos serviços, no estoque santa-cruzense.

Em todo o Estado, o início do segundo semestre mantém os sinais de desaquecimento que predominam desde o fim do ano passado, conforme a avaliação dos empresários revelada pela pesquisa Sondagem Industrial, divulgada terça-feira pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
“A produção e o emprego caíram muito além do normal, estoques ficaram acima do planejado, assim como a ociosidade”, diz o presidente, Gilberto Porcello Petry. Para o próximo semestre, ele ressalta que os empreendedores esperam ligeiro avanço da demanda, queda do emprego e um cenário moderado.

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Perspectiva

Para os próximos seis meses, a percepção dos empresários gaúchos para a demanda ainda é positiva, segundo a pesquisa realizada entre 1º e 9 de agosto com 200 empresas – 45 pequenas, 66 médias e 89 grandes. O resultado, porém, mostra diminuição no otimismo. O índice de expectativas de demanda atingiu 51,4 pontos no mês, ante 52,9 de julho.

Valores acima de 50 mostram que os empresários projetam crescimento da demanda, mas esperam queda do emprego (47,7 pontos), das compras de matérias-primas (49,2) e das exportações (47,1). Paralelamente a isso, a sondagem da Fiergs aponta que o índice de intenção de investimento do setor nos próximos seis meses, que varia de zero a cem pontos, pouco se alterou. Passou para 51,8 pontos nesse mês, 0,6 acima de julho.

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Guilherme Bica

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