A maior parte dos empregos formais gerados em Santa Cruz do Sul é na área da indústria da transformação. A informação está na 12ª edição do Mapa do Emprego, divulgada pela Fecomércio-RS. O levantamento tem como base a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2021 e apresenta a caracterização detalhada do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul, utilizando a Classificação Nacional de Atividade Econômicas (CNAE).
De acordo com a economista Giovana Menegotto, da Fecomércio, esses dados, mesmo que referentes a 2021, são os que apresentam o maior detalhamento do emprego formal. São os mais atualizados porque, assim que encerrado o período, passam pela consolidação e divulgação.
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O documento reforça a importância do tabaco na empregabilidade. De forma isolada, fora da indústria da transformação, consegue responder por 6,92% das vagas. “Esse índice é considerado bem expressivo, porque fica atrás, mesmo sendo apenas uma área da indústria, apenas do comércio varejista, que é bem abrangente, e da administração pública, que envolve todos os serviços do setor público”, destaca Giovana.
Ela avalia uma pequena variação negativa na quantidade de empregos formais no município, 0,83%, como reflexo da composição setorial local. Mesmo o setor do tabaco apresentando desempenho 5,64% superior ao período pré-pandemia, outros acabaram impedindo a plena retormada do emprego, como o comércio varejista, que ficou com -3,94%.
Apesar da diminuição, em relação a 2019, o varejo continua como peça importante na geração de trabalho formal local. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP), Mauro Spode, o levantamento exibe a força das lojas de pequeno e médio porte, no que se refere à geração de oportunidades no segmento. “Esse desempenho, medido por meio do Mapa do Emprego, revela o quanto é importante para o arranjo econômico local a existências das lojas de pequeno porte, e a capacidade desses negócios, muitos deles de origem familiar, em empregar trabalhadores no comércio”, avalia.
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Segundo Spode, a taxa de rotatividade é baixa na maioria das lojas santa-cruzenses. Em mais da metade dos estabelecimentos ativos, o tempo médio de permanência dos funcionários é 47,3 meses, praticamente quatro anos. Outro ponto positivo é o grau de instrução: 61,12% dos postos são ocupados por trabalhadores com Ensino Médio completo. “São parâmetros positivos, que falam sobre a qualificação da mão de obra, no caso da escolaridade e do próprio tempo de permanência no trabalho. É preciso avançar e qualificar o treinamento das equipes, que são apontadas como competentes”, ressalta.
O presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, César Cechinato, reforça que os números mostram a relevância de dois segmentos da indústria de transformação: tabaco e metalurgia. “A indústria tabagista segue sendo nossa grande empregadora, mas a área de serviços ganha espaço e Santa Cruz torna-se, cada vez mais, polo de atração comercial, mostrando diversificação”, acrescenta.
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Cechinato diz ser importante a pluralidade, mas ressalta que, em momentos de crise mundial, como na pandemia, a existência de um cluster forte como a indústria do tabaco foi fundamental para o desenvolvimento de manutenção do município. “Entendo que temos um potencial gigante na área de logística. Temos a melhor posição geográfica do Estado. Agora, com a duplicação da 287, quem sabe um aeroporto com voos para São Paulo e com característica last mile (da entrega final e rápida) ou middle mile (com centros de distribuição), possamos crescer ainda mais”, aposta.
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A logística é apontada por Cechinato como sendo a possibilidade de diversificação. “A posição do município no mapa do Rio Grande do Sul e a estrutura permitem, por exemplo, que sejam instaladas ou ampliadas as distribuidoras de medicamentos e de alimentos”, exemplifica. Sobre a questão de gênero na contratação, que no RS tem mais homens com emprego formal e em Santa Cruz mais mulheres, ele acredita ser consequência das características dos setores de destaque, no caso o comércio e a indústria do tabaco.
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