O segundo corpo encontrado na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, é o do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos, informou nesse sábado, 18, a Polícia Federal. A identidade do jornalista britânico Dom Phillips, de 57, já havia sido confirmada anteontem. Segundo peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, o repórter e o servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram assassinados a tiros de arma usada para caça.
Pereira foi baleado três vezes, uma na cabeça e duas no tórax, e Phillips uma vez, no peito. Em nota, a PF afirmou que a morte do indigenista foi causada por “traumatismo toracoabdominal e craniano” e que os disparos, “com munição típica de caça”, atingiram o “tórax/abdômen (dois tiros) e face/crânio (um tiro)”. Já o jornalista britânico, ainda segundo a corporação, sofreu “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica (um tiro)”
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Comparações entre exames odontológicos entregues pela família de Pereira e a arcada dentária recolhida pelos policiais federais confirmaram a identidade do indigenista. O mesmo procedimento foi usado na identificação do repórter. No caso de Phillips, houve ainda a análise de impressões digitais e características físicas, método conhecido como antropologia forense. “Não existem indicativos da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames”, afirma o comunicado da PF.
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O terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do indigenista e do repórter se entregou ontem à Polícia Civil do Amazonas. Jeferson da Silva Lima, conhecido “Pelado da Dinha”, é apontado como alguém que participou diretamente do duplo homicídio e ajudou na ocultação dos corpos. Ele se apresentou por volta das 6h na Delegacia de Atalaia do Norte.
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Lima estava com a prisão decretada pela Justiça desde anteontem e era considerado foragido. De acordo com o delgado Alex Perez, uma equipe de policiais esteve ontem em endereço ligado ao suspeito e pediu a parentes que o convencessem a se entregar. Já estavam presos o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”. Todos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça do Amazonas por 30 dias.
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