Desde o último sábado, 15, indígenas estão dormindo na Rodoviária de Santa Cruz do Sul. Conforme a secretária municipal de Políticas Públicas, Aretusa Molina Scheibler, 12 índios, entre crianças, mulheres e homens, estão no local. Eles são de Butiá e vieram ao município para comercializar artesanato, em razão da época de Natal. “Eles vêm para Santa Cruz, pois aqui conseguem comercializar”, comenta. Durante o dia realizam as vendas e, depois, voltam para a rodoviária.
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Devido a um acordo entre a Prefeitura de Santa Cruz e o Ministério Público, o município disponibiliza um espaço anexo ao Albergue Municipal para acomodar os indígenas. Atualmente, 28 estão na casa. No entanto, conforme a secretária, o grupo de Butiá preferiu não ir para o local.
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Segundo Aretusa, embora sejam da mesma tribo, os indíos de Butiá e o grupo que já está na casa possuem divergências religiosas. A secretaria também ofereceu um espaço no pátio do local e lonas para eles acamparem. Porém, o grupo preferiu ficar na rodoviária. Eles relataram que irão embora amanhã, 21. “A gente aborda, oferece o espaço, mas não podemos forçar eles a irem pra lá”, explica a secretária.
Como funciona a acomodação para os indígenas em Santa Cruz
Junto ao Albergue Municipal, no Bairro Bom Jesus, há um anexo onde os índios estão acomodados. Os 28 indígenas vieram de São Valério do Sul. Eles recebem o espaço, fogão e geladeira. “A gente não interfere muito, pois existe toda uma questão cultural”, comenta. A capacidade do local é para 30 pessoas. Caso a tribo que está na rodoviária aceitasse o convite, uma sala seria organizada no espaço do Albergue.
Conforme a secretária, eles vendem o artesanato no Centro e voltam para dormir no local. Quando os indígenas vêm para Santa Cruz, precisam informar as assistências dos municípios de onde vieram e apresentar uma carta de recomendação na assistência de Santa Cruz. Assim, a secretaria consegue organizar as acomodações. O grupo de Butiá não apresentou o documento, mesmo assim, foram convidados a irem para a casa.
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Já a alimentação é por conta dos moradores. No entanto, quando eles precisam, a secretaria oferece alimentos. No local, também existem algumas regras, como não ingerir bebida alcoólica. Tribos diferentes também não costumam ficar juntas no espaço.