“Você pode dizer o quão avançada uma sociedade é pela quantidade de lixo que ela recicla.” A frase, citada pela diretora de Gestão Ambiental e Sustentabilidade do Município, Josiane Luiza Frantz, sinaliza que há um longo caminho a ser percorrido. Em Santa Cruz do Sul, apenas 2,61% dos resíduos descartados são reciclados. O número foi apresentado na manhã dessa sexta-feira, 20, durante a abertura da 5ª Semana Lixo Zero, cuja programação segue até o próximo dia 29.

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Durante o evento, realizado no Auditório 2 da Associação Comercial e Industrial (ACI), organizadores e convidados apresentaram relatos envolvendo meio ambiente e sustentabilidade. A abertura teve início com a fala do secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, César Cechinato. De acordo com ele, há pela frente grandes desafios na educação ambiental, separação e destinação do lixo. “Já somos referência em muitas ações. Mas queremos ser exemplo também na sustentabilidade”, afirmou.

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Em seguida, a prefeita Helena Hermany lembrou que, há alguns anos, as temáticas não eram tão debatidas quanto hoje. “Estamos nos preocupando em falar da necessidade de cuidar do meio ambiente. Para isso, todas as pessoas têm que se envolver, falar e participar.”

A embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), engenheira ambiental Débora Leonhardt da Silva, lembrou justamente de quando a ideia surgiu, em 2019. “Naquele ano, foi bastante desafiador reunir pessoas para o movimento. Hoje, contudo, percebemos um envolvimento maior.”

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Bons exemplos para a Semana do Lixo Zero

Débora Leonhardt da Silva apresentou números que envolvem a Semana Lixo Zero. Até o ano passado, as edições haviam envolvido mais de 40 voluntários e possibilitado a realização de 200 ações, no total. “Nós consideramos a quinta edição um marco significativo nessa caminhada. Mas nós precisamos seguir, pensar além daquilo que já temos e conhecemos”, comentou.

Para isso, o primeiro momento de debates contou com a participação de Josiane Frantz, que apresentou o panorama da gestão de resíduos em Santa Cruz do Sul; do prefeito de Restinga Seca, engenheiro agrônomo e bacharel em Direito Paulo Ricardo Salerno, que abordou o programa de economia regular de resíduos orgânicos Ecocash; e da coordenadora dos programas de compostagem doméstica e biodigestores nas escolas, Carin Taiara Gomes, que falou sobre as iniciativas em Venâncio Aires.

Por fim, o engenheiro florestal Cleiton Silva, presidente em exercício da Fundação para Proteção Ambiental de Santa Cruz do Sul (Fupasc), conversou a respeito das atividades realizadas pela entidade.

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