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Índice de inadimplência do Vale do Rio Pardo acumula em 66% no primeiro semestre

Poucas coisas causam mais insônia no trabalhador do que contas em aberto. E no Vale do Rio Pardo, muitas pessoas estão passando a noite em claro, pensando nas dívidas que têm a pagar. Um levantamento divulgado pelo Sindilojas Vale do Rio Pardo aponta que, somente no primeiro semestre deste ano, o índice de inadimplência acumulada chegou a 66%.

O presidente da entidade, Mauro Spode e a coordenadora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), Gicele Arruda, estiveram na Rádio Gazeta 107,9 FM para detalhar o assunto. “Recebemos essa notícia com apreensão, porque tínhamos esperança de que houvesse uma retomada nesse âmbito, mas não aconteceu”, comentou Spode. Apesar da queda no número de desempregados no Brasil, ele apontou que a inadimplência continua avançando.

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Mesmo assim, Spode reconhece que houve a retomada economia melhorou neste ano. “Não é algo significativo, mas está acontecendo. A nossa expectativa é de que o segundo semestre seja ainda mais positivo”, sublinhou. Conforme Gicele, março foi o mês que apresentou índice de inadimplência mais elevado, alcançando um patamar histórico, de quase 42%. “Talvez tenha sido um reflexo das compras de final de ano”, analisou.

O índice de inadimplência em 66% é alto, mas inferior ao registrado no período pré-pandemia, conforme explicou Gicele. O vilão das contas dos trabalhadores, no entanto, continua sendo o cartão de crédito. “Há estudos que apontam que o brasileiro utiliza, em média, quatro cartões de crédito, equilibrando limite, data de vencimento da fatura”, completou. Um agravante, segundo Gicele, é que o método de pagamento está sendo utilizado para quitar contas básicas de consumo, como água e luz. “O consumidor paga com cartão de crédito e acaba protelando a conta”, disse.

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A tendência, conforme Spode, é que o quadro continue assim. “A nossa esperança é que melhore no fim do ano”, apontou, lembrando que o Sindilojas realiza, anualmente, o Feirão Zero Dívida, para auxiliar os consumidores a entrarem no novo ano no azul. Ele relatou, ainda, que a orientação da entidade é para que os lojistas mantenham contato permanente com os clientes, para buscar alternativas de eliminação dos débitos.

Mulheres são as mais endividadas

De acordo com o levantamento apresentado pelo Sindilojas, as mulheres de 30 e 34 anos compõem a maior faixa de inadimplentes no Vale do Rio Pardo. Gicele esclarece, porém, que não é muito mais que a taxa de homens endividados. “O que acontece é que, muitas vezes, as mulheres acabam comprando para os filhos, coisas para a casa”, ponderou.

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Mauro Spode avalia que, pela idade, são pessoas que estão trabalhando ou, pelo menos, tem potencial de produtividade. O problema, nesses casos, é a renda dos trabalhadores. “Também percebemos que a maior parte da inadimplência está atrelada a pessoas que recebem entre um e dois salários mínimos”, argumentou.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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