Nessa quarta-feira, 7, o calendário de eventos marcou mais um feriado nacional, certamente o mais importante para o país: o dia da independência do Brasil. Neste ano, com o detalhe de tratar-se do bicentenário daquele longínquo 7 de setembro de 1822. Duzentos anos da independência do Brasil deveria ser um momento singular e excepcional para qualquer estadista à frente da festa pretensamente cívica.
Mas, mais uma vez, a data foi sequestrada para atender a interesses pessoais e transformada num grande comício eleitoral em que foram cometidos vários crimes – constitucionais e eleitorais, principalmente. Se o Brasil, em 1822, ficou independente de Portugal, nos dias atuais está cada vez mais dependente de políticos que usam e abusam da utilização da máquina pública e de instituições de estado para proveito próprio.
Na política, estados e municípios também dependem cada vez mais de decisões e de recursos do governo central para atenderem demandas urgentes, provocadas por causas extraordinárias, como enchentes ou secas, ou para realizarem obras e prestarem serviços públicos decentes aos cidadãos. Emendas do relator faz com que alguns municípios sejam privilegiados com verbas, dependendo das relações e conchavos políticos; sem falar, ainda, do “orçamento secreto”, dinheiro público distribuído sem se saber para quem nem com que critérios.
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Embora não tão presente, como no tempo da ditadura em que até reajustes de preços precisavam ser comprovados e autorizados pelo Ministério da Economia, as empresas ainda sofrem de dependências, de governos das três esferas – municipais, estaduais e governo federal -, em maior ou menor grau, pelas obrigações e impostos que lhes são atribuídos.
O cidadão comum certamente é o ente mais dependente que existe sobre a face da terra: depende de pais ou responsáveis até uma certa idade ou até durante a vida toda; depende de serviços públicos, do salário ou de renda, de assistência médica e de escolas; depende do benefício da aposentadoria ou pensão; enfim, depende de tantas coisas que, de tão comuns, algumas não são nem percebidas.
Das várias dependências a que estão sujeitas a maioria das pessoas, uma delas, certamente, é a financeira. Para sair dessa dependência, de não precisar preocupar-se com dinheiro, não existe fórmula mágica, pois cada pessoa possui metas e sonhos diferentes. Clara Sodré, investidora e sócia da XP Inc, diz que “liberdade ou independência financeira tem a ver em não depender do dinheiro e, sim, fazer o dinheiro trabalhar para você”. Em poucas palavras, é ter uma reserva equilibrada que permite manter um padrão de vida por um bom tempo se parar de trabalhar hoje. Clara Sodré propõe cinco passos para alcançar a liberdade financeira:
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Na parte financeira, a maioria das pessoas próximas da aposentadoria ou já aposentadas dizem arrepender-se do que deixaram de poupar e investir durante a vida. Mesmo com o crescimento do endividamento e da inadimplência, registradas no mês de agosto, as pessoas precisam iniciar uma transformação financeira que é um processo de aprendizagem – ou reaprendizagem – com foco em sair de um ponto A, onde existem dificuldades e controle, para o ponto B, atingindo maturidade, comprometimento e sustentabilidade.
Essa transformação ocorre quando a pessoa, prioritariamente, entende que tem problemas na situação econômica. Depois, procura aprender sobre educação financeira por conta própria e, em alguns casos, busca ajuda. Como resumiu Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Comece cedo.”
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