O Agosto Laranja, celebrado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Santa Cruz do Sul pela primeira vez no ano passado, terá nova edição em 2022. A proposta é de um mês com programação especial voltada à conscientização para a inclusão social e contra a discriminação das pessoas com deficiência.
A escolha do laranja vem da margarida, a flor símbolo da Apae. Trata-se de uma cor vibrante, alegre e cheia de criatividade. Também em agosto, ocorre a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, de 21 a 28, sendo o 22 de agosto o Dia Nacional do Excepcional.
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Conforme a assessora de comunicação da Apae, Aline Kramer, a edição deste ano deverá ser ainda maior, tendo como principal objetivo promover debates sobre a inclusão das pessoas com deficiência em todas as áreas, bem como seus direitos e deveres. “Queremos trazer mais conhecimento às entidades que militam na causa das pessoas com deficiência, falando de temas relevantes sobre a inclusão tanto no mercado de trabalho quanto na sociedade civil, quebrando alguns tabus e questões sobre capacitismo.”
O Agosto Laranja terá o apoio de muitas entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a empresa de consultoria Realidade Acessível, Prefeitura Municipal, Associação Santa-Cruzense de Pessoas com Deficiência (Aspede) e Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência (Compede), entre outros.
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Um calendário de eventos está sendo preparado com lives que serão transmitidas pelas páginas do Facebook, Instagram e YouTube da Apae. “Vamos construir alguns eventos presenciais, como a praça inclusiva, que ocorrerá na Praça Getúlio Vargas, provavelmente no dia 21 de agosto, data que marca o início da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual”, adianta a assessora de comunicação da Apae.
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A parceria da Apae com a empresa de consultoria Realidade Acessível será realizada a partir do workshop Ferramentas para uma cultura mais inclusiva e diversa, que está alinhado com a campanha Agosto Laranja. O objetivo é contribuir para a inclusão das pessoas com deficiência, envolvendo instituições públicas e privadas a partir da compreensão de que esse tema é uma luta de todos. Três empresas serão selecionadas e vão receber a consultoria gratuitamente. Para concorrer, elas precisam se inscrever através de um link disponível na página do Instagram da empresa (@realidadeacessivel), ou pelo e-mail realidadeacessivel@gmail.com.
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As inscrições vão até o dia 17 deste mês. A equipe da Realidade Acessível entrará em contato com as três empresas escolhidas, que serão conhecidas no próximo dia 23, e vai realizar uma visita para alinhar os tópicos a serem abordados, conforme as necessidades de cada uma delas. O workshop presencial ou online será agendado para agosto, de acordo com a disponibilidade da equipe da Realidade Acessível e das empresas. A duração da visita às selecionadas será de aproximadamente uma hora, e o workshop terá no máximo três horas.
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O objetivo da iniciativa é incentivar as empresas locais a desenvolverem ou aprimorarem estratégias para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e diverso. O foco é dar mais clareza sobre os direitos das pessoas com deficiência, uso de conceitos e nomenclaturas, situações do cotidiano e benefícios de um ambiente inclusivo.
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“A nossa meta é fazer com que a cultura capacistista ocorra naturalmente nas relações dessas empresas, gerando a sensação de pertencimento”, ressalta Lisandra Inês Metz, uma das fundadoras da Realidade Acessível. “Acreditamos na potência de processos inclusivos que possuam estratégias contextualizadas e alinhadas com a realidade da empresa, permitindo soluções mais acessíveis e somando na luta pela inclusão.”
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A Realidade Acessível teve início em abril de 2020 como um projeto social e, atualmente, está no início da transição para empresa. Os fundadores, Diego Armando Müller e Lisandra Inês Metz, compreenderam que era necessário juntar a teoria de Lisandra, que é advogada e pesquisadora, com as experiências de Diego, que é cadeirante.
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Desde então, os dois vêm criando conteúdo digital para auxiliar empresas com soluções acessíveis e inclusivas. Além disso, eles desenvolvem serviços como palestras, workshops, capacitações e consultorias para em breve poder ofertar isso a empresas e ajudá-las a construir uma cultura inclusiva.
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