O Rio Grande do Sul permaneceu quase um ano sem registrar dengue autóctone (quando é contraída dentro do território), mas voltou a confirmar casos da doença, conforme balanço apresentado pela Secretaria da Saúde (SES) nesta sexta-feira, 8. As duas ocorrências, localizadas em São Gabriel e Santana do Livramento, representam a menor incidência da enfermidade na série histórica do Estado. Mesmo assim, a SES reforça o alerta para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da febre chikungunya e zika vírus.
A atualização dos dados foi apresentada pelo secretário adjunto da Saúde, Francisco Paz, durante reunião do Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Aedes. A atividade marcou o Dia Nacional de Combate ao Mosquito, crecebendo a visita do secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, e do secretário adjunto de Saúde de Porto Alegre, Pablo Sturmer.
Segundo Paz, os dois registros acendem o alerta e surpreendem, pois a expectiva era de fechar o ano sem nenhum caso autóctone. “Os casos indicam que o vírus esteve presente nas duas cidades e nos preocupam como previsão para o verão”, destaca.
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Ele adverte que o cuidado deve ser maior nos meses de calor, período em que o inseto se prolifera com facilidade. “Insistimos que a população entenda que é obrigação de cada cidadão, pelo menos uma vez por semana, examinar todos os cantos da residência e verificar a presença de criadouros em locais com água parada”, acrescenta.
Beltrame elogiou o trabalho desenvolvido pela Secretaria da Saúde e pelos municípios, resultando na redução significativa no número de casos da doença. “O RS é um exemplo para o país na vigilância e controle do Aedes e é importante manter essa mobilização mesmo com quadro favorável”, afirma. No ano passado, foram registrados 2.159 casos autóctones contra apenas estes dois de 2017 divulgados nesta sexta.
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