Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, salientou as dificuldades enfrentadas pelos gestores municipais para fazer previsões sobre o avanço da vacinação contra a Covid-19. Segundo Jarbas, o que é dito, muitas vezes, deixa de ser válido em pouco tempo em função de alterações no cronograma de distribuição das doses pelo Ministério da Saúde. Ainda assim, ele projeta que até o início de agosto toda a população da Capital do Chimarrão acima de 18 anos já esteja imunizada com a primeira dose.
“Para se ter uma ideia, há um mês a projeção era distribuir 52 milhões de doses até o fim de junho. Agora, essa projeção já caiu para 37 milhões, e foram entregues não mais do que 7 milhões até este momento”, ressaltou Jarbas. Ele destacou também a situação do lote da Janssen/Johnson & Johnson, previsto para chegar ao Brasil nessa terça-feira, 15, e que acabou adiado, ainda sem nova data definida. “Infelizmente, todas as projeções que a gente pode fazer caem por terra quando não vem vacina.”
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O prefeito de Venâncio Aires demonstrou preocupação com esses atrasos e alterações, e lembrou que o contexto pode mudar com o início da produção nacional do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), atualmente importado da China. No entanto, isso demanda tempo. “A Fiocruz ini-iou os testes mas já anunciou que, para ter o IFA nacional, que vai dar uma segurança de produção, uma autonomia de 1 milhão de doses por dia, isso demora pelo menos 90 dias. Ou seja, lá por setembro. E até ser produzida e chegar nos municípios, será por outubro”, disse.
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Em relação às aplicações, Jarbas reforçou que os municípios do Vale do Rio Pardo vêm empreendendo todos os esforços para que a vacinação ocorra com a maior agilidade possível. Se o avanço não é mais rápido, isso se dá por questões que ultrapassam o âmbito municipal. “Nós somos rápidos, fazemos tudo o que tem que fazer. O problema maior da nossa região, pelo qual nós estamos sendo cobrados e também cobramos das nossas equipes, é uma demora no cadastro dessas doses.”
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No momento da aplicação, as vacinas são anotadas em uma planilha física e posteriormente ocorre a digitalização desses dados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). “O ideal, o que o governo federal cita, são 48 horas (para a digitalização), mas realmente vários municípios, e nós mesmos aqui em Venâncio, estamos com sete a dez dias atrasados”, afirmou Jarbas. Segundo ele, essa situação ocorre em função da escassez de mão de obra, que está atuando na aplicação das doses.
Santa Cruz do Sul
A Gazeta recebeu questionamento de um leitor sobre o motivo de Santa Cruz do Sul não estar vacinando motoristas e cobradores do transporte coletivo, diferentemente de outros municípios da região que já imunizam esse público. A Secretaria Municipal da Saúde informou que ainda não há resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) prevendo a inclusão desse grupo, e reforçou que o Município segue rigorosamente todas as determinações e orientações da comissão. A mesma situação ocorre com instrutores de autoescola. A secretaria está organizando os novos grupos que serão contemplados com a chegada do próximo lote, ainda sem data prevista.
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