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Incêndio florestal mata ao menos 74 na Grécia

Um sobrevivente dos incêndios florestais que devastaram uma área à beira-mar na Grécia nesta terça-feira, 24, relatou como fugiu do fogo, entrando no mar para escapar das chamas e da fumaça sufocante. Até o momento, ao menos 74 pessoas morreram e mais de 178 estão feridas em decorrência do desastre.

A maioria das vítimas ficou presa no setor do balneário de Mati, a aproximadamente 40 quilômetros de Atenas, em casas ou veículos. Autoridades dizem que os números ainda são provisórios.

Nikos Stavrindis contou que estava em sua casa de veraneio na área de Mati, perto de Rafina, com a mulher e algumas de suas amigas. O casal se preparava para a chegada da filha.

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Antes que percebessem, estavam cercados pelo fogo. “Aconteceu muito rápido. O fogo estava distante, então as faíscas nos alcançaram e as chamas estavam ao nosso redor”, disse Stavrindis “Corremos para o mar. Tivemos que nadar para longe por causa da fumaça, mas não conseguíamos ver nada”, relatou.

Segundo Starvrindis, havia seis pessoas em seu grupo. Todos nadaram para escapar da fumaça, mas acabaram sendo levados pelo vento e correnteza. Eles não conseguiam mais ver a costa e se perderam. Os ventos fortes que carregavam as chamas também dificultavam o combate ao incêndio e agitavam o mar.

“Nem todos sobreviveram”, disse Stavrindis. Uma das amigas de sua mulher morreu afogada. “O que me perturba e o que eu vou carregar em meu coração é que é terrível ver alguém ao seu lado se afogar e não ser capaz de ajudar”, lamentou.

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Ele disse acreditar que o grupo tenha ficado cerca de duas horas à deriva antes de ser resgatado por um barco de pesca, de tripulação egípcia. “Sou grato a todos eles”, disse Stavrindis. “Eles pularam ao mar ainda com suas roupas. Nos fizeram chá e nos mantiveram aquecidos. Foram ótimos”, agradeceu.

João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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