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NOVA CÂMARA

Inauguração da nova câmara em clima de consenso

Foi em clima de consenso e harmonia que os vereadores de Santa Cruz do Sul inauguraram, no fim da tarde dessa segunda-feira, a nova sede da Câmara. Embora quando anunciada, em meados do ano passado, a mudança tenha sido muito criticada pela maior parte dos parlamentares, ontem só se ouviu elogios à iniciativa e à nova estrutura.

A sessão solene de inauguração foi prestigiada por autoridades de diversos segmentos. Começou no hall de entrada, com acesso pela Rua Fernando Abott, onde foi descerrada uma placa com os nomes de todos os atuais vereadores, bem como do atual presidente Alceu Crestani (PSDB) e um destaque para Solange Finger (SD), presidente no ano passado, que foi quem tomou a frente do processo e decidiu – apesar da contrariedade dos colegas – assinar o novo contrato de locação, que tem duração de cinco anos.

Na sequência, em um ato simbólico, representantes dos três poderes cortaram juntos uma fita liberando o acesso ao plenário – além de Crestani, a vice-prefeita Helena Hermany (PP) e o diretor do Foro, Jaime Alves de Oliveira.

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Vereadores, funcionários e convidados ingressaram no plenário sob o som do Tema da Vitória – em alusão ao fato de que há pelo menos uma década se discutia a necessidade de uma nova sede e jamais se havia conseguido. Após uma bênção do bispo diocesano Dom Aloísio Dilli e do pastor evangélico Márcio Trentini, Crestani fez um pronunciamento breve no qual definiu o dia como “muito significativo na história do Legislativo” e disse que a mudança representa um “salto qualitativo” para o poder. Afirmou ainda que a Câmara de Santa Cruz é “uma das mais enxutas do País” e que, na nova sede, “todos serão sempre muito bem acolhidos”. “Bem-vindos à nova casa do povo”, encerrou.

A nova sede fica na esquina entre a Fernando Abott e a Assis Brasil. São três pavimentos: no primeiro, ficam o plenário e o plenarinho; no segundo, os gabinetes dos vereadores, e no terceiro, o setor administrativo e o gabinete da presidência.

“O povo lá não podia estar”, diz Solange

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Pouco mais de um ano após bater o martelo pela transferência, sob críticas de colegas e de setores da comunidade, Solange Finger caminhava emocionada pela nova sede da Câmara durante o ato de ontem – a ponto de ter se esquivado de dar entrevista para uma emissora de rádio em um momento, pois se dizia sem condições de falar.

Em seu discurso, defendeu a decisão, alegando que o prédio anterior não tinha mais condições de abrigar o Legislativo. “Era a casa do povo, mas o povo lá não podia estar”, disse, em referência ao fato de que, em razão das más condições do imóvel, a capacidade do plenário havia sido limitada a menos da metade. 

Enquanto falava, fotos que mostravam a precariedade do antigo prédio eram exibidas no telão. Disse ainda que os principais beneficiados com o novo prédio, mais seguro e acessível, serão os servidores. “Nós, vereadores, estamos aqui só de passagem, e a comunidade vem se quer. Mas eles têm que estar aqui todos os dias.”

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Solange afirmou ainda que a escolha do imóvel foi um processo “transparente” e que, após muitas possibilidades serem avaliadas, um dossiê foi entregue a todos os parlamentares e a alguns movimentos sociais e entidades. “Não teve prédio nessa cidade que não visitamos”, disse.

Presidente promete divulgar gastos

Em seu pronunciamento, Crestani também prometeu que em breve será disponibilizado no Portal da Transparência a relação de tudo o que foi gasto para a implantação da nova sede. Por enquanto, nenhuma estimativa de valor foi divulgada. Os investimentos realizados incluem, dentre outros, a instalação das novas galerias, mobiliário do plenário (bancadas e tribuna) e sonorização. Somente o aluguel mensal saltará de R$ 10,5 mil (na antiga sede da Júlio de Castilhos) para R$ 28 mil.

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Ainda a sede própria

Após as falas de Crestani e Solange, cada líder de bancada teve espaço para se pronunciar e alguns voltaram a cobrar que a Câmara construa uma sede própria. “Temos que começar a pensar em um projeto para que daqui a cinco ou seis anos tenhamos o nosso prédio”, disse Gerson Trevisan (PSDB). Já André Scheibler (SD) lembrou das dificuldades para se concretizar uma obra como essa, visto que os presidentes têm mandato de apenas um ano e não podem, por lei, deixar pendências para o sucessor.

Elstor Desbessell (PTB) aproveitou seu espaço para cobrar que a Prefeitura tire do papel outro projeto antigo: o do Centro Administrativo Municipal, um prédio que abrigaria a maioria das secretarias e órgãos do Município. “O Legislativo está fazendo a sua parte, colocando à disposição uma estrutura para a comunidade e também para nós”, disse.

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Alberto Heck (PT) disse que, a partir de agora, a Câmara dispõe de um espaço “à altura de um poder constituído” e elogiou a iniciativa de Solange, apesar de ter ido contra a opinião de parte dos colegas. “Se a senhora não tivesse tomado uma decisão mais individual, nós ainda estaríamos discutindo com aquele prédio caindo sobre as nossas cabeças”, afirmou.

 

CONFIRA GALERIA DE IMAGENS: http://gaz.com.br/conteudos/regional/2016/10/17/82449-camara_realiza_primeira_sessao_em_novo_espaco.html.php

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